Commodities Nesta Semana: Silêncio do Irã Gera Apreensão no Petróleo; Ouro Reverte

 | 20.05.2019 10:33

Como era de se esperar, a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos (EAU) não estão dispostos a fornecer nem um barril a mais do que o mercado precisa, para não pressionar indevidamente os preços do petróleo. Porém, para o mercado, mais importante do que a determinação desses dois países na reunião da Opep no domingo, em Jidá, é saber qual será a próxima ação planejada pelo seu inimigo, o Irã.

Será útil para o mercado saber como a República Islâmica planeja superar os diversos obstáculos em seu caminho, como as acusações de sabotagem à infraestrutura petrolífera da Arábia Saudita e a crença geral de que conseguirá se esquivar de alguma forma das sanções norte-americanas, elevando a oferta mundial de petróleo.

O interesse maior será determinar o benefício que Riad e Abu Dábi terão ao se unir a Washington para tentar deter a atuação de Teerã no mercado.

De maneira geral, a geopolítica voltou com tudo no petróleo, uma vez que o enfrentamento entre sauditas e iranianos evoca o fantasma de uma nova guerra do Golfo capaz de impactar os preços do petróleo. Mas existe outro problema para os touros do petróleo: a guerra comercial EUA-China também está se acirrando, e sua repercussão na economia global pode neutralizar boa parte do impacto positivo nos preços, por causa da intensificação do risco político no Oriente Médio.

Aliás, o Irã nega ter planejado os ataques de drones a duas estações de bombeamento de petróleo da Arábia Saudita, realizados na semana passada por rebeldes Houthis, que são conhecidos por seu apoio a Teerã. No início da semana, tanto a Arábia Saudita quanto os EAU divulgaram que seus petroleiros no Golfo foram atingidos por projéteis, acusando o Irã de ter participado dessas ações.

A Reuters publicou uma avaliação feita pela associação de seguros da Noruega, dizendo que era “altamente provável” que esse ataque aos petroleiros tenha sido facilitado pela elite da Guarda Revolucionária do Irã. Um navio de superfície que operava próximo aos petroleiros atingidos lançou drones submarinos carregando 30-50 kg de explosivos de detonação por impacto, segundo a Associação de Seguros Contra Riscos Mútuos de Guerra de Proprietários Navais da Noruega.

h2 Petróleo dispara apesar da falta de surpresas em Jidá/h2
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