Julio Maria M. Borges | 20.12.2021 10:05
Em nosso último blog do mês passado alertei para a possibilidade de queda de preços das v , em particular açúcar, petróleo e gás natural. Estas, entre outas, vilãs da inflação mundial que ora se apresenta.
O que aconteceu neste último mês? E o que esperar para 2022?
As taxas de juros devem subir pelo mundo afora, visando controlar e reduzir a inflação. Com isto, a demanda de consumo e investimentos tende a cair, o que tira o suporte para preços altos.
Além disso, o desemprego global é alto e estrutural e não serão os auxílios governamentais para a população carente que vão resolver este problema. Este só será resolvido por governos responsáveis no médio e longo prazo.
Finalmente, como argumento baixista para preços, temos a questão de saúde criada pelo Covid-19 e suas variantes. Esta questão está sob controle e ainda não está resolvida. Esta condição atrapalha a cadeia de suprimentos, que vem melhorando, e prejudica a retomada da demanda e do crescimento econômico.
Os preços altos das commodities verificados recentemente estimulam a oferta e, portanto, geram pressão de baixa para preços ao longo do tempo.
Neste último mês o preço do petróleo WTI passou de seu recorde de 83 US$/barril para um preço oscilando em torno de 71 US$/barril. Queda de 15%.
O controle da oferta pela OPEP+ é um suporte para preços duvidoso no médio prazo e não representa déficit estrutural de oferta.
Lembro mais uma vez que a restrição de oferta circunstancial deste produto foi um dos gatilhos que fez o preço da energia disparar no mundo a partir de Setembro/21. Desde Outubro/21 até agora o preço do GN passou de seu recorde de 6,5 US$/miBTU para preços oscilando em torno de 3,6 US$/miBTU. Queda de 45%.
A regularização da oferta que vem ocorrendo explica esta queda de preços e justifica sua manutenção nos níveis atuais.
O preço recorde alcançado no final de Agosto/21 foi de 20,85 ¢/lb. Atualmente está oscilando em torno de 19,30 ¢/lb. Queda de 8%.
As boas safras previstas para o Hemisfério Norte, que se iniciaram em Out21, correm a favor de preços mais baixos.
Existem bons argumentos para apostar em queda de preços de commodities em 2022. Isto quando se admite um mundo sem catástrofes climáticas e revoluções sócio-políticas que afetam demanda e oferta de maneira brusca.
Se acontecer queda de preços de commodities, a inflação mundial será reduzida e a necessidade de juros altos será menor. Ganha o consumidor. O produtor ganha na redução dos preços dos insumos e das matérias primas.
Por outro lado, o produtor perde receita. Isto não significa necessariamente que o produtor vai operar com prejuízo, até porque os preços atuais estão bem acima do custo econômico de produção e distribuição e existe um espaço razoável para a queda de preços sem prejudicar o resultado econômico do negócio.
No caso brasileiro temos uma variável relevante que afeta os mercados. É a variável política e as eleições majoritárias em 2022. Neste caso tudo pode acontecer, em particular com a taxa de câmbio. Como já se disse que “Deus é brasileiro” vamos esperar o melhor.
Saúde a todos! Bom Natal e próspero Ano Novo!
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