Commodities nesta Semana: Ouro em Apuros; Petróleo Sobe com “Melhora” de Trump

 | 05.10.2020 09:16

Quer dizer que o mercado ficou nervoso à toa?

A notícia de que Donald Trump pode ser liberado em tempo recorde para um paciente com Covid-19, possivelmente já nesta segunda-feira, de acordo com algumas reportagens, fez com que todos os ativos de risco ganhassem impulso e recuperassem as perdas significativas de sexta-feira. Isso fez os investidores se perguntarem se o estresse pré-fim de semana valeu mesmo a pena, já que estamos falando de um presidente que vive da sua imagem.

“Apesar dos relatórios de PMI da Markit e de serviços do ISM nos EUA, o foco estará nas atualizações sobre a saúde de Trump e o impacto resultante nos mercados”, afirmou a FX Street em um blog, após a publicação de mensagens de vídeo do presidente no Trump no fim de semana, que diziam que ele estava muito melhor e o mostravam deixando o Centro Médico Nacional de Walter Reed no domingo para acenar aos apoiadores em sua limusine.

Osamu Takashima, estrategista-chefe de câmbio do Citigroup no Japão, afirmou que a infecção por coronavírus do presidente pode ter reduzido as chances de um resultado acirrado nas eleições de 3 de novembro, bem como o risco de uma crise constitucional em caso de vitória de Joe Biden, adversário de Trump.

O sentimento de risco pode crescer nos próximos dias, afirmou Takashima, que disse ainda:

 

“As recentes pesquisas de opinião estão indicando que as taxas de apoio a Biden ainda estão acima das de Trump, com uma margem ampla o bastante para uma vitória provável, o que não necessariamente é uma coisa ruim”.

 

O estrategista de câmbio do Citi no Japão também declarou que Biden “era visto como pragmático e que suas políticas não necessariamente seriam negativas para os mercados”.

O periódico Politico, enquanto isso, dava conta de que o vice-presidente Mike Pence viajaria para Utah nesta segunda-feira para iniciar o principal ato de campanha de Trump no futuro próximo. Pence é o substituto de mais alto perfil para a reeleição do presidente, no momento em que nenhum dos dois pode se dar ao luxo de permitir outro revés após o diagnóstico de Covid-19 de Trump.

No mercado de commodities, à medida que a janela asiática de negociações do ouro avançava no início da tarde desta segunda-feira em Cingapura, tanto o lingote quanto os futuros do metal amarelo despencavam abaixo do patamar-chave de US$ 1.900 por onça mantido na última sexta-feira.

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