Daniel Ferreira dos Santos | 04.11.2021 17:47
Após o IFNC, índice que mede o desempenho das ações de maior liquidez do setor financeiro, atingir sua máxima chegando a 12.912 pontos ao final do primeiro semestre, ele passou a cair durante um período de 4,5 meses até chegar em 9.778 pontos, sua mínima no ano, desvalorizando -24,26%.
Durante esse período, os outros seis índices setoriais também apresentaram desvalorização, assim como o Ibovespa. A tabela mostra os sete índices setoriais juntos ao Ibovespa (inserido para servir de referência) ordenados a partir da variação percentual (da máxima para mínima).
A primeira coisa a ser percebida ao olhar para a tabela é que as máximas ocorrem na mesma data em seis dos oito índices e as mínimas ocorrem na mesma data em cinco deles, e quando as máximas e as mínimas não foram nas mesmas datas, foram em datas próximas. O Índice Financeiro desvalorizou -3,40% a mais que o Ibov, sendo a quarta maior desvalorização entre os índices setoriais. Índice de Consumo(-25,01%), Índice de Materiais Básicos (-28,89%) e Índice Imobiliário (-38,79%) sofreram as maiores quedas, pois são compostos por ações que, em sua maioria, são de setores cíclicos sendo mais sensíveis aos movimentos do mercado. Já o INDX (-12,27%), o Índice de Energia Elétrica (-12,80) e o Índice Utilidade Pública (-15,54%) tiveram uma desvalorização abaixo da média do Ibovespa (-20,86) porque são setores não cíclicos, menos afetados pelas oscilações do mercado e eventuais crises.
É constatado que o risco sistêmico afetou todos os setores da economia em diferentes proporções, risco atribuído a decisões políticas que vêm causando instabilidade, aumento da inflação, alta taxa de câmbio e aumento no preço das commodities, o que acaba refletindo na economia interna.
Na ultima reunião do Copom, realizada no final de outubro, a taxa Selic foi elevada a 1,50% atingindo 7,75% a.a., com sinalização de manutenção da política monetária contracionista na expectativa de conter o crescimento da inflação, podendo chegar a 9,25% a.a na próxima reunião (08/12). Isso vai elevar o spread bancário favorecendo os bancos. Contudo, apesar dessa recente queda do IFNC, as ações do setor financeiro passaram a serem menos atrativas aos olhos do investidor?
Em minha análise feita em 18/06/2021, selecionei sete ações das maiores instituições financeiras negociadas na bolsa, em que seis são de bancos e uma de holding, que somadas possuíam 67,08% de participação no IFNC e 18,34% no Ibov. Atualmente, em 03/11/2021, estas as mesmas ações compõem 67,47% do IFNC e 17,98% do IBOV.
Na tabela 2 o IFNC e as sete ações estão em colunas lado a lado, e os cinco múltiplos para determinar a rentabilidade estão nas linhas. Os valores exibidos com o fundo cinza indicam que estão abaixo da média do índice e os valores em vermelhos indicam uma redução em relação à análise realizada em 18/06/2021, logo após o índice atingir sua máxima no ano. Os valores com fundo branco estão acima da média do índice e os números em preto mostram que houve um aumento com relação ao semestre anterior.
h2 Relação: ações x IFNC/h22 ações tiveram apenas um indicador abaixo da média do IFNC: Bradesco (SA:BBDC4) (ROE) e BTG Pactual (SA:BPAC11) (D.Y).
Analise de resultado
Na tabela 3, as ações analisadas são comparadas entre elas mesmas através de um ranking de classificação que vai do 1° ao 7°. À medida que a cor da célula escurece, mais afastada é a posição da ação do ranking.
Através dos valores apresentados pelos múltiplos, pode-se concluir que, apesar da recente desvalorização que o IFNC vem sofrendo, investir em ações desses bancos está ainda mais atrativo para o investidor do que quando o índice estava em sua maior alta do ano. O retorno ao investidor não foi afetado, mas ganhou impulso com o aumento dos juros. Tendo em vista que o índice permanece em tendência de queda, esse é o momento ideal para comprar essas ações que estão descontadas, a fim de aumentar sua participação na empresa, reduzir seu preço médio, reforçar sua carteira e receber maiores proventos.
Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.