Comparando Ativos e Mercados pós-QE e Oportunidade de um ETF na B3

 | 02.08.2022 10:49

Lembrei-me da canção "If", de David Gates, do grupo Bread. No primeiro verso, sugeria que uma imagem poderia pintar mil palavras. Talvez os gráficos abaixo nos poupem de uma análise mais longa e dissertativa.

Já se passaram 14 anos de políticas anticíclicas bastante heterodoxas. Deixemos de lado a polêmica, para simplesmente vermos a evolução de diferentes tipos de ativos. Antes, durante e depois dos malabarismos financeiros do Federal Reserve, mais conhecidos como Quantitative Easing (QE). Faremos só uma comparação rápida de desempenhos no mercado americano.

Todos os gráficos são semanais. E não se tratam de análise técnica. Apenas uma retrospectiva do período entre 1/janeiro/2007 e 31/julho/2022. Alguns gráficos mostrarão períodos menores, isolados, dividindo estes 15 anos e 7 meses de história.

No primeiro gráfico, a linha negra representa o volume financeiro de ativos adquiridos de bancos comerciais pelo próprio banco central americano, como parte de sua flexibilização monetária (QE). Com este procedimento, o Fed emitia reservas bancárias para bancos comerciais e, em troca, recebia deles títulos lastreados em hipotecas de imóveis e títulos do Tesouro americano (além de uma quantidade menor de outros produtos financeiros).

De 1/janeiro/2007 até 31/julho/2022, em dólares nominais, vemos que:

1º (Linha negra) Ativos comprados pelo Fed (QEs) aumentaram +985,35%;
2º (Linha rosada) NASDAQ 100 (maiores empresas não financeiras da NASDAQ) subiu +625,25%;
3º (Linha verde) NASDAQ Composite (índice da bolsa eletrônica) ganhou +409,01%;
4º (Linha vermelha) S&P 500 teve uma alta de +192,99%;
5º (Linha laranja) Ouro se valorizou em +190,59;
6º (Linha roxa) Petróleo ficou +71,09% mais caro;
7º (Linha azul piscina) Casas nos EUA tiveram preços +56,84% mais elevados;
8º (Linha azul) TLT (ETF de Treasuries Longos) subiu +31,62%.