Conheça as 3 Principais Formas de Investir em Ações

 | 05.04.2021 19:21

Já dizia Buda que “toda grande caminhada começa com um simples passo”. Essa frase se encaixa para qualquer mudança que esteja em curso na nossa vida. Se encaixa também no momento em que começamos a investir.

E de fato a jornada de um investidor é longa, uma jornada de décadas. E o primeiro passo nessa jornada é entender por onde começar. Já nesse ponto surgem muitas dúvidas. É natural que os quase 2 milhões de novos investidores na Bolsa de Valores em 2020 se sintam perdidos e inseguros já na largada.

Mas afinal, qual a melhor forma de investir? Devo comprar diretamente ações, investir através de fundos ou simplesmente comprar ETF’s?

Como na maioria das respostas que envolvem o mercado financeiro, essa também não é uma resposta trivial e não há uma verdade absoluta. Na minha visão, formada por mais de 13 anos de experiência lidando com investidores, decidir sobre qual a melhor forma de investir é muito pessoal, e depende muito do seu perfil.

Com o intuito de simplificar essa compreensão, concluí que existem 3 variáveis que impactam essa tomada de decisão:

 

a) seu grau de conhecimento sobre investimentos;

b) o tempo que você está disposto a investir no controle da sua carteira;

c) o volume financeiro que você possui para começar.

 

Meu objetivo através desse artigo é te mostrar os principais pontos positivos e negativos de cada um desses caminhos, para que você tenha uma base lógica para decidir qual a melhor forma se encaixa com seu perfil.

Mas primeiro, preciso te apresentar alguns conceitos essenciais para balizar nosso tema do artigo de hoje.

h2 GESTÃO PASSIVA X GESTÃO ATIVA/h2

 

Todos os países e suas respectivas bolsas possuem índices de referência, que procuram demonstrar o desempenho “médio” das principais ações daquela bolsa. Esses índices são as principais referências para o mercado, também chamados de benchmarks.

Nos Estados Unidos, o principal índice é o S&P 500, que reflete o desempenho médio e ponderado das 500 principais empresas da NYSE ou NASDAQ. Já no Brasil, o principal índice é o Ibovespa, que reflete o desempenho médio ponderado das principais ações da nossa bolsa, que hoje representa 81 ativos de 78 empresas.

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Quando um investidor quer apenas acompanhar o desempenho do índice, ele não precisa buscar ativamente assimetrias no mercado para atingir tal objetivo, basta que ele tenha uma carteira que apenas siga esse índice, e assim concluímos que essa carteira terá uma gestão passiva.

Ou seja, se você se contentar apenas com o retorno médio do mercado, basta que você invista em um fundo de gestão passiva. E os ETFs que replicam os índices são o principal instrumento para tal.

Já quando um investidor tem como objetivo superar o índice de referência, é necessário identificar assimetrias no mercado, com o intuito de ter um retorno acima dessa média. Para tal, esse portfólio precisar ter uma gestão ativa na carteira.

Logo, para que você consiga ter uma carteira com gestão ativa, ou você paga um gestor profissional para te entregar esses retornos, investindo através de fundos, ou então você mesmo precisará dedicar muito tempo e estudo para fazer a gestão própria da sua carteira.

h2 É POSSÍVEL PERFORMAR MELHOR DO QUE O ÍNDICE DE REFERÊNCIA?/h2

Nesse momento entramos em um dos temas mais polêmicos do mundo dos investimentos: é possível o investidor obter retornos acima da média do mercado de forma consistente?

Segundo a Hipótese dos Mercados Eficientes, não.

Em poucas palavras, a HME (Hipótese dos Mercados Eficientes), desenvolvida por Eugene Fama nos anos 60, diz que é impossível para um investidor, seja ele amador ou profissional, ter um retorno maior do que a média do mercado ao longo do tempo.

Essa hipótese se baseia em duas premissas: a primeira premissa seria de que todos os agentes econômicos são racionais e que tomam as decisões mais eficientes.

A segunda premissa é que há simetria total de informações, que todas os preços passados e as informações públicas e privadas estão refletidas nos preços dos ativos. O que mudaria seria somente o grau de força dessa simetria, e seriam 3 formas de “eficiência” nos mercados: fraca, semi-forte e forte.