Corte sem Convicção do BC e Ajuda do BCE Mexem com Mercados Hoje

 | 19.03.2020 07:49

Inconvicto.

Eis a palavra que define a decisão do Copom ontem de cortar 50 pontos-base os juros, em meio a um contexto global de incertezas, inseguranças e riscos elevados.

Não se deixou levar pelo mesmo desespero do Fed, mas ainda assim se viu obrigado a embarcar em tal movimento globalizado.

A “porta” para novos movimentos está obviamente entreaberta e tanto o fiscal, quanto a cautela voltaram ao escopo da autoridade monetária, principalmente se considerarmos que, apesar da descompressão recente, as características estruturais da inflação brasileira não se alteraram.

A utilização de um regime fiscal mais frouxo determina tal cautela, ainda que seja por um momento de extrema necessidade, no que já é a segunda pior crise da história do moderno capitalismo e pode se converter na primeira.

As ações propostas ontem pelo governo federal, além do pedido de calamidade tem a nítida preocupação na máxima preservação das conquistas fiscais, ainda que muito difícil em tal cenário e inclui uma demanda muito citada, que é a assistência aos autônomos, uma classe de trabalhadores que cresce constantemente nos últimos anos.

Para o Banco Central, a inflação não deixou de ser o mote, pois caso se confirme que as projeções continuam num ciclo de descompressão, que os elementos mais nocivos à ela não constituem risco às metas e o cenário se confirme amplamente deflacionário, ele pode sentir o conforto necessário para inclusive aprofundar ainda mais o afrouxamento.

Neste momento, o balanço de riscos é o maior em mais de uma década e um Banco Central consciente de seu papel é de suma importância, para evitar os rompantes de nítido desespero como aqueles demonstrados pelo Federal Reserve nos EUA.

Ainda assim, o papel em evitar a distorção no câmbio está falho, tendo em mente que a deflagração de tal evento é auto-infligida, porém sua continuidade é fruto de pura especulação.

Eis o papel importante de uma autoridade monetária na correção das distorções que fogem à normalidade dos agentes de mercado.

No exterior, a proposta do BCE de compra de US$ 750 bi em ativos traz mais um alento ao já desesperado mercado, além dos programas propostos pelo governo americano.

É nítido agora observamos um movimento mais conciso contra os efeitos do COVID-19 e a curva de aprendizado da China traz lições muito importantes quanto ao tempo de duração de tais eventos.

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Tudo pode durar menos do que aparenta, mas mesmo assim, o mundo terá dificuldades em resistir.

O problema é pensar racionalmente, estando no “meio do furacão”.

Bom Equinócio.

ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, com a ajuda do BCE animando os investidores.

Na Ásia, fechamento sem direção única, entre o fechamento ocidental e o BCE.

O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.

Entre as commodities metálicas, altas, exceção ao cobre.

O petróleo abre em alta, com o cenário de atividade desafiador.

O índice VIX de volatilidade abre em alta de 4,03%.

CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,1089 / -2,02 %
Euro / Dólar : US$ 1,08 / -0,834%
Dólar / Yen : ¥ 109,29 / 0,972%
Libra / Dólar : US$ 1,15 / -0,526%
Dólar Fut. (1 m) : 5224,92 / 4,67 %

JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 22: 5,81 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 23: 7,03 % aa (30,67%)
DI - Janeiro 25: 8,02 % aa (21,70%)
DI - Janeiro 27: 8,55 % aa (15,85%)

BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -10,3491% / 66.895 pontos
Dow Jones: -6,3024% / 19.899 pontos
Nasdaq: -4,7028% / 6.990 pontos

Nikkei: -1,04% / 16.553 pontos
Hang Seng: -2,61% / 21.709 pontos
ASX 200: -3,44% / 4.783 pontos

ABERTURA
DAX: -0,933% / 8362,99 pontos
CAC 40: 0,435% / 3771,18 pontos
FTSE: -0,840% / 5037,89 pontos

Ibov. Fut.: -10,88% / 66597,00 pontos
S&P Fut.: -3,266% / 2414,00 pontos
Nasdaq Fut.: -0,069% / 7160,50 pontos

COMMODITIES
Índice Bloomberg: 1,18% / 60,18 ptos

Petróleo WTI: 12,37% / $22,37
Petróleo Brent: 6,67% / $26,24

Ouro: -0,42% / $1.476,86
Minério de Ferro: 0,54% / $90,44

Soja: 1,06% / $834,25
Milho: 2,39% / $343,00 $343,00
Café: 5,65% / $114,15
Açúcar: 0,94% / $10,71

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