Investing.com | 04.09.2024 10:54
Os preços do petróleo despencaram ontem e estendia a queda hoje, levando o barril do Texas (WTI) abaixo de US$ 70, podendo testar a mínima anual.
Diversos fatores estão gerando essa tendência de baixa que se iniciou em julho. As preocupações com o crescimento econômico nos EUA e na China têm um papel preponderante.
Além disso, a Opep+ pretende aumentar a produção de petróleo no próximo mês, o que poderia ampliar a oferta e exercer mais pressão sobre os preços.
Os investidores também estão atentos aos desenvolvimentos políticos e geopolíticos. A Líbia tem sido destaque, e a crise contínua no Oriente Médio tem perturbado a produção.
Como o maior importador mundial de petróleo, as indicações econômicas da China influenciam fortemente os preços do petróleo.
Os recentes dados do PMI da China, que ficaram abaixo das expectativas e continuaram abaixo do limiar de 50 pontos, contribuem para uma visão pessimista para os próximos trimestres.
Se esses dados fracos resultarem em um crescimento menor do PIB, a meta de crescimento econômico de 5% do país pode estar comprometida.
Por outro lado, há incertezas envolvendo a economia dos EUA, já que o índice ISM de manufatura ficou abaixo das expectativas pelo quinto mês consecutivo.
Junto com uma queda notável na força do mercado de trabalho, isso aumenta as preocupações sobre a viabilidade de um pouso suave.
Dado esses fatores, os preços do petróleo podem continuar a diminuir, refletindo o crescente pessimismo sobre as perspectivas econômicas das duas maiores economias do mundo.
A Opep+, que controla cerca de 40% da produção global de petróleo, tem tradicionalmente uma influência sobre o mercado de petróleo.
A organização planeja suavizar as restrições de produção em 180 mil barris por dia a partir de outubro.
Contudo, nem todos os países membros estão cumprindo esses limites. Notavelmente, o Iraque está superando sua cota em 320 mil barris por dia, muitos dos quais vêm da região semi-autônoma do Curdistão.
Na Líbia, conflitos políticos internos reduziram drasticamente a produção de petróleo de um milhão para 450 mil barris por dia.
Embora existam sinais de uma possível desescalada, ainda não foi alcançada uma resolução definitiva. O cenário mais provável parece ser uma interrupção temporária, com a produção retornando gradualmente aos níveis anteriores.
Os preços do petróleo bruto WTI mantêm seu forte ímpeto de queda, podendo estabelecer novas mínimas para o ano.
Entretanto, isso não necessariamente sinaliza o fim das oportunidades de venda. Os próximos níveis de suporte importantes a monitorar estão entre US$ 64 e US$ 67 por barril.
Dada a possível resistência desses níveis de suporte, poderíamos ver um rebote de curto prazo. No entanto, a pressão de oferta ainda é considerável.
Se os preços romperem a zona de US$ 64 a US$ 67, um movimento em direção a US$ 60 por barril pode se tornar cada vez mais provável.
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