Sebastião Buck Tocalino | 09.11.2014 16:20
Eu comecei a escrever sobre ações em 2005. Naqueles anos, o movimento do mercado dava margem para maior otimismo e eu escrevia apenas sobre ações brasileiras em emails dirigidos para alguns profissionais, colegas traders, amigos e parentes. Quem leu só o que escrevi e publiquei de uns tempos para cá (Enquanto a Música Toca (em 16/jun/2014) eu alertava que, independente de minha percepção dos sérios problemas econômicos globais para o longo prazo, ironicamente os mercados poderiam apresentar força suficiente para continuar avançando ladeira acima. Na ocasião, o Ibovespa estava aos 54.806 pontos e o S&P500 aos 1.936 pontos. De fato, dois meses e meio depois, em 3/set/2014, o Ibovespa viria a alcançar os 62.304 e o S&P500 superaria a importante barreira dos 2.000 pontos. Um ganho de 13,68% para o índice brasileiro e de 3,77% para o norte-americano. Nos EUA, o ETF em dólares de ações brasileiras (EWZ) subiu 8,78%!
De setembro para cá, os mercados apresentaram maior volatilidade. O dólar engasgou-se em outubro e agora rompeu acima dos R$ 2,50. Outubro foi um mês difícil! Enquanto o S&P500 caiu feio (até os 1.820 pts em 15/out/2014) para depois quicar forte, marcando novo recorde de fechamento aos atuais 2.031 pontos, o mercado brasileiro não se recuperou ainda dos resultados eleitorais. O Ibovespa murchou até seus 48.722 pontos e, surpreendendo os eleitores mais frustrados, recuperou-se até os atuais 53.222 pontos. Nos EUA, o EWZ com ações brasileiras cotado agora a US$40,98 já perdeu 24% do seu valor em dois meses, desde o pico de US$54,56 em 3/set/2014.
Mas o que podemos esperar daqui para frente? Observemos os importantes gráficos abaixo (todos em velas semanais):
O dólar encontra-se próximo de duas resistências importantes: a linha superior do seu canal de alta (iniciado em 2010) e o nível semelhante dos topos históricos de 2008, 2009 e 2010. Se respeitar essas resistências, o dólar poderá recuar por algum tempo. Essa mudança temporária na tendência de apreciação da moeda americana poderia favorecer as ações brasileiras.
O índice de Xangai também formou um canal de 2009 para cá. Nesse caso, o canal é de baixa. Estando também cotado perto da linha superior do canal, há a possibilidade de respeitá-la e voltar a descer. No entanto, se romper o canal de baixa, a China poderá dar novo gás às ações por aqui e na maior parte do mundo.
É claro que o resultado poderia ser exatamente o inverso em ambos os casos ilustrados acima, prejudicando muito o desempenho do Ibovespa. Mas, uma vez que os fundamentos macroeconômicos de longo prazo ainda me parecem bastante temerosos, vou me concentrar apenas em alguns indícios interessantes da análise técnica. Seus resultados para o curto e médio prazo são geralmente mais eficientes.
Os quatro gráficos abaixo mostram rompimento de suas Linhas de Tendência de Baixa (LTBs de 2012 a 2014) já com um buyer's remorse completo (o recuo testando agora como suporte aquela mesma linha rompida) e podem estar prontos para um repique altista:
Já a mineradora Vale vem sofrendo bastante com os menores preços do minério de ferro, mas talvez encontre algum suporte na linha inferior do seu canal de baixa, coincidindo com o nível da sua cotação mínima registrada durante a crise de 2008.
Assim, talvez o Sr. Touro saia saltando com o Brasil agarrado ao lombo por mais algum tempo... (Enquanto o Sr. Urso não vem!)
Quem quiser apostar em talvez mais essa oportunidade, só não se esqueça do STOP LOSS e do STOP MÓVEL! Essas ferramentas também nos poupam do desgaste emocional de abortar pessoalmente qualquer operação frustrada.
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