Declínio das Ações de Tecnologia: Como Montar uma Estratégia Setorial em Seu Portfólio

 | 24.04.2022 06:30

Essa é uma das perguntas que os usuários costumam me fazer durante a fase de alocação de ativos, ou quanto a escolha do setor (no que diz respeito à parte patrimonial) afeta o desempenho da carteira?

Partindo da premissa de que, assim como o mercado de ações em geral, ninguém pode prever sua tendência também para os setores, é certo que quando analisamos as diferentes fases do ciclo econômico, poderíamos ir trabalhar no que se chama de " parte" para selecionar os setores que melhor se adaptam a essa fase do ciclo em que nos encontramos.

Não é por acaso que no período Covid, por exemplo, Warren Buffett vendeu todas as suas participações em companhias aéreas, provavelmente ciente de que, naquele exato momento, o setor não só de aviões, mas de transportes em geral (as vendas de carros na Europa caíram 52% ano a ano) definitivamente não foram uma boa escolha.

Claro que se pode dizer que “esses são precisamente os momentos em que você compra a preços baixos”, mas aqui devemos dar mais um passo de ações únicas que muitas vezes exigem um recurso adicional de tempo e análise.

Mas então vamos ver o quanto a escolha do setor afeta em termos de números, adaptando a parte patrimonial da carteira ao contexto econômico...

Construí 2 carteiras (100% capital próprio, horizonte temporal de 1 ano, de 8 de maio de 2019 a maio de 2020, abarcando assim o antes e o depois do surto de covid) consistindo num caso dos setores que mais sofreram o impacto do Covid (linha azul, companhias aéreas, moda, turismo, construção, automóveis, produtos químicos).

No segundo portfólio (linha azul escuro, tecnologia, produtos farmacêuticos, alimentos).

Se já é graficamente evidente o quão importante é a escolha setorial na carteira em uma chave tática, os números abaixo da imagem também quantificam o quão bem é realmente necessário mover-se bem em determinadas circunstâncias.