Democrata ou Republicano? Três Ações Serão Vencedoras Não Importa o Presidente
Investing.com | 04.11.2020 08:27
Publicado originalmente em inglês em 04/11/2020
Como os votos das eleições de 2020 nos EUA ainda estão sendo contados, os analistas de Wall Street continuam tentando determinar quais ações terão melhor desempenho, dependendo de qual partido vier a controlar a Casa Branca e o Senado.
Embora o resultado das eleições de ontem esteja longe de estar claro, os estrategistas acreditam que, em média, a reeleição do presidente Donald Trump favoreceria ações de crescimento, enquanto uma vitória do democrata e ex-vice-presidente Joe Biden poderia beneficiar ações de valor cíclico.
Como ainda não sabemos o resultado dessa disputa acirrada, elaboramos uma lista de três ações que, em nossa visão, representam compras de longo prazo, não importa quem vencer. Qualquer possível queda no cenário pós-eleição, desencadeada pela incerteza política ou por medidas rígidas para controlar a disseminação do vírus, oferecerá uma oportunidade de compra para investidores que estão de fora fazendo caixa.
1. Amazon
Em meio à disseminação da pandemia de covid-19, a indústria mundial de comércio eletrônico está registrando uma disparada sem precedentes. Nenhuma outra empresa está mais bem posicionada para se beneficiar dessa mudança do que a potência do varejo on-line Amazon.com (NASDAQ:AMZN) (SA:AMZO34).
Na semana passada, a Amazon projetou um forte salto nas vendas no atual trimestre, indicando que a empresa espera que a disparada nas compras pela internet continue durante a pandemia e até mesmo depois. A Amazon se beneficiou muito da crise sanitária, já que as pessoas passaram a fazer suas compras on-line, especialmente de eletrônicos e itens de supermercado.
Daniel Kurnos, analista da Benchmark, ao mesmo tempo em que elevou o preço-alvo por ação de US$ 3.675 para US$ 3.800 para a gigante do varejo, escreveu em uma nota citada pela Bloomberg que enxerga uma “demanda sem precedentes dos consumidores no comércio eletrônico”. A gigante do varejo eletrônico sediada em Seattle deve registrar “uma intensa valorização das suas ações neste período de festas de fim de ano”, afirmou.
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Doug Anmuth, analista do JPMorgan, também reiterou sua classificação overweight (acima da média do mercado) para a Amazon em uma nota recente, dizendo que a AMZN continua sendo sua “escolha preferencial”, com o preço-alvo de 12 meses a US$ 4.050. Os papéis da Amazon se desvalorizaram 15% desde a máxima recorde de 2 de setembro. Eles fecharam ontem a US$ 3048,41, uma alta de 1,46%.
2. Nike
A maior fabricante mundial de vestuário esportivo Nike (NYSE:NKE) (SA:NIKE34) é uma excelente ação pagadora de dividendos para se ter durante períodos de incerteza econômica e política. A companhia está saindo mais forte da crise sanitária mundial, já que tem se beneficiado de investimentos feitos em seu e-commerce.
A bem-sucedida execução da sua estratégia on-line, seu atraente mix de produtos e o alcance global de sua marca posicionaram a Nike para lidar bem com os transtornos causados pelos fechamentos de lojas e bloqueios.
No último trimestre, as vendas on-line da Nike dispararam 83% em comparação com o mesmo período do ano passado. A companhia continuou lançando produtos nesse período, inclusive sua primeira coleção dedicada à maternidade e uma nova linha de ioga. As vendas de itens de vestuário feminino, a principal área de crescimento da Nike, também aceleraram.
Esses pontos fortes certamente mostram que a Nike é uma ação para comprar, não importa quem vencer as eleições, já que a companhia está em forte posição para ter um bom desempenho, mesmo diante de adversidades.
As ações da Nike já subiram mais de 20% neste ano. O papel se valorizou 1,80% no pregão de segunda-feira, fechando a US$ 124,59. Ainda há um potencial de alta muito maior para a ação assim que a pandemia for contida e a estabilidade política voltar.
3. Netflix
A Netflix (NASDAQ:NFLX) (SA:NFLX34) é outro nome forte para adicionar em sua carteira agora que suas ações ficaram 19% mais baratas durante as atuais turbulências do mercado. A ação dessa gigante do entretenimento on-line provou ser uma das melhores apostas do cenário “fique em casa”, com as pessoas assistindo cada vez filmes e séries através dos seus aplicativos de streaming.
A pandemia também afetou seus concorrentes mais novos, como Disney (NYSE:DIS) (SA:DISB34) e AT&T (NYSE:T) (SA:ATTB34), diminuindo sua capacidade de desafiar a Netflix. Na esteira desse ambiente favorável, a empresa sediada em Los Gatos, Califórnia, elevou os preços do seu serviço na semana passada, apostando que os assinantes estão dispostos a pagar mais por uma enorme biblioteca de programas e filmes, já que continuam trabalhando e estudando de casa.
A Netflix é uma ação para se ter no longo prazo, graças ao seu alcance internacional cada vez maior e à falta de uma concorrência significativa. A Netflix adicionou 2,2 milhões de assinantes líquidos no teceiro trimestre.
Esse crescimento veio após dois trimestres de expansão robusta, durante os quais o serviço de streaming adicionou quase 26 milhões de assinantes líquidos, praticamente o mesmo volume de todo o ano de 2019.
Depois de disparar mais de 60% neste ano, a Netflix perdeu parte do seu valor nas últimas semanas, abrindo espaço para uma oportunidade de compra. Na segunda-feira, suas ações fecharam a US$ 484,12, abaixo da máxima histórica de US$ 575,37 atingida em julho.
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