Dia de Protesto dos Servidores

 | 18.01.2022 08:51

Segunda-feira foi de “baixa liquidez” pelo feriado de Martin Luther King nos EUA. Mesmo com a redução de juro na China, impulsionando o mercado europeu e a cotação do petróleo, no Brasil foi dia de “ajuste técnico”, até porque na semana anterior foi de ganhos acima de 4%. 

Na pauta dos investidores agora os riscos fiscais, diante da tensão com diversas categorias do serviço público, por reajustes salariais, e anunciando que podem parar em fevereiro, cobrando do presidente Bolsonaro a reposição pelas perdas de três anos de salário “congelado”. Destaquemos que o presidente tem até sexta-feira para sancionar o Orçamento de 2022.  

Neste cenário, depois de subir mais de 4% na semana passada, o Ibovespa deu uma realizada e perdeu 0,52% na segunda-feira, a 106.373 pontos, com Vale (SA:VALE3) em queda e Petrobras (SA:PETR4) volátil. Já o real, que ganhou força contra o dólar na semana passada, esboçou queda ontem, fechando a R$ 5,5266 (-0,24%) no mercado à vista. No de juros futuros, a instabilidade fiscal, dentre outros fatores, contribuiu para o “ajuste técnico da curva”, com ganhos de prêmios em vários vencimentos. 

Para esta terça estejamos atentos aos dados americanos do Empire State de Atividade Industrial, medindo a saúde do setor, através de um levantamento à 200 fabricantes. Espera-se uma melhora dos negócios, avançando a 31,9 pontos. Já a Zona do Euro divulga o Índice de Expectativa na Economia de janeiro, analisando qual impacto da Ômicron sobre os agentes. Temos também o Relatório de Emprego no Reino Unido.

No Brasil, as manifestações dos servidores públicos devem chegar ao ápice neste dia 18, quando representantes de mais de 80 categorias devem se reunir num manifesto por reajuste de salário. Como o presidente responderá a isso? Vem pressão fiscal por aí.