Vanessa Blum Colloca | 30.07.2021 07:50
Com a decisão do Federal Reserve, o cenário é de dólar baixo, porém hoje haverá movimento pontual de ajuste para cima até sair a Ptax (13h30). Quando é dia de Ptax costuma acontecer “briga” entre alta e baixa e realização de posições.
Após a divulgação da Ptax do mês, mercado deve voltar a cair operando nos fundamentos do carry trade (diferencial de juros aqui e lá fora), fazendo sentido atrair fluxo de capital para mercados emergentes. O que mais animou o mercado internacional foi a indicação de que a autoridade monetária norte-americana não pretende retirar, antes do previsto, os estímulos concedidos por causa da pandemia. Para o governo americano não é conveniente o dólar forte, acentuando assim perspectiva de que esta estratégia se acentuará dando competitividade ao setor produtivo americano no mercado exterior. Com juros americanos perto de zero, o efeito é o maior apetite para ativos de risco no mercado doméstico.
Aumentam as expectativas sobre o que deve “acontecer” no simpósio de Jackson Hole, dias 26 a 28 de agosto para alguma pista sobre o timing para o tapering na sua política monetária que por ora o Federal Reserve manteve uma estratégia acomodatícia.
O Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos cresceu à taxa anualizada de 6,5% no segundo trimestre de 2021. O resultado ficou abaixo da mediana de estimativas, que era de avanço de 8,5%.
Por aqui, o Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) passou a subir 0,78% em julho, contra avanço de 0,60% no mês anterior, refletindo a aceleração da inflação tanto no atacado quanto no varejo. A leitura de julho veio abaixo da previsão, que esperava alta de 0,90%. Com o resultado do mês, o índice acumula em 12 meses alta de 33,83%. O governo central, composto por Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social, registrou déficit primário de R$ 73,553 bilhões de reais em junho, rombo superior ao esperado por analistas.
As projeções para Selic de alta de 1 ponto porcentual na semana que vem para 5,25% ao ano também ajudam a valorizar o real. É claro que as tensões políticas e a reforma tributária podem trazer algum momento pontual de apreciação do dólar, mas em cima de fundamentos o que deve acontecer nos próximos dias é mesmo a apreciação do real.
Em resumo, a inflação está generalizada pelo mundo, os banco centrais em geral com políticas de ajuda a economia, o juro no Brasil atrativo e ainda subirá mais na semana que vem, a política aqui sempre agitada, mesmo no recesso, a IPOs que também trazem fluxo para cá e valorizam o real.
O real já está entre as moedas que mais valorizaram desde o anúncio do Fed.
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