Dividendos de Petrolíferas Internacionais Rendem Mais de 6% ao Ano

 | 11.10.2019 12:29

No atual ambiente de juros baixos ao redor do mundo, é difícil encontrar alternativas para obter rendimentos mais elevados. As melhores taxas de certificados de depósito giram em torno de 2,25% para o prazo de um ano, enquanto os títulos de 10 anos do Tesouro americano oferecem 1,57%.

Com juros tão baixos, é natural que os investidores que buscam renda com suas aplicações recorram a outras opções para obter retornos maiores, e uma área a ser observada é o setor de energia. Quando o assunto é dividendos, as ações de empresas petrolíferas geralmente batem o mercado. Para explicar por que elas oferecem rendimentos tão generosos – em alguns casos, de até a 7% – os investidores devem entender que essas empresas são pagas para se expor aos preços altamente voláteis do petróleo.

O exemplo mais recente desse ciclo de ascensão e queda nos mercados de energia foi a forte desvalorização do petróleo a partir de 2014, depois de uma intensa corrida na década anterior, na qual os preços da commodity chegaram a ser negociados a mais de US$ 100 por barril.

Mas a queda de 2014 foi tão forte e dolorosa que obrigou diversos produtores a reduzir ou mesmo cancelar a distribuição de dividendos, à medida que os preços afundavam. Tendo esses riscos em mente, os investidores ainda podem encontrar algumas barganhas no setor internacional de energia. Conheça duas empresas que os investidores com fome de rendimentos podem considerar no mercado internacional:

1. Royal Dutch Shell

Entre as grandes petrolíferas, é difícil ignorar a Royal Dutch Shell (NYSE:RDSa) quando o assunto é distribuição robusta de dividendos. A empresa paga um dividendo trimestral de US$ 0,94 por ação, o que corresponde a um dividend yield (relação entre o dividendo pago por ação e a cotação do último dia do ano) de 6,65% com base no fechamento de ontem.

As ações fecharam o pregão de ontem com alta de 1%, negociadas a US$ 57,26. No ano, o papel se desvalorizou 2%, após um salto de 45% desde a mínima de 2016. Na última atualização de estratégia da companhia em junho, a petrolífera anglo-holandesa prevê uma geração de caixa muito mais forte nos próximos anos. Isso pode significar que a companhia terá condições muito melhores de elevar seus dividendos, os quais manteve estáveis nos últimos quatro anos.