Dois Vencedores e o Grande Perdedor Após a Prorrogação dos Cortes de Petróleo

 | 05.12.2017 06:37

por Jesse Cohen

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), juntamente com alguns produtores não-Opep liderados pela Rússia, acordou na semana passada, na reunião da Opep em Viena, em ampliar os cortes de produção de petróleo em mais nove meses, até o final de 2018, como era esperado.

"Foi um bom e longo dia... na verdade, foi um ótimo dia", disse o ministro saudita do petróleo, Khalid Al-Falih, em uma coletiva de imprensa que aconteceu após a reunião de 30 de novembro. “Tenho o prazer de anunciar que a decisão foi unânime".

No entanto, os maiores produtores de petróleo do mundo também sinalizaram uma possível saída antecipada do acordo se o mercado superaquecer e os preços subirem o suficiente para que os principais rivais da Opep, os produtores no shale dos EUA, começarem a aumentar a produção. O acordo para reduzir a produção de petróleo em 1,8 milhão de barris por dia (bpd) foi inicialmente adotado em novembro de 2016 pela Opep, Rússia e outros nove produtores mundiais, em um esforço para reequilibrar a oferta e demanda do mercado. O acordo terminou em março de 2018 e já havia sido prorrogado uma vez, em maio de 2017.

Aqui estão os dois maiores vencedores da reunião da semana passada, e o principal produtor que acabou, como parece, sendo o perdedor do acordo.

h2 Vencedor N° 1: Produtores no Shale dos EUA/h2

O maior vencedor dos cortes de produção liderados pela Opep foram os produtores no shale dos EUA, incluindo a Exxon Mobil (NYSE:XOM), a Marathon Oil (NYSE:MRO) e a Chesapeake Energy (NYSE:CHK). Mais importante ainda, eles se beneficiaram dos preços mais altos do petróleo, com os futuros do petróleo West Texas Intermediate retornando para US$ 60,00 por barril, de baixas como os US$ 27,00 em janeiro de 2016.