Dólar: Impacto e o Que Olhar no Fechamento da Semana no Câmbio

 | 16.07.2021 07:49

A inflação nos EUA segue preocupando e segundo o presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, a inflação “agora não está moderadamente acima de 2%, está bem acima”, além de mencionar o desafio atual de “reagir à inflação mais alta do que esperávamos”, e isso como já disse anteriormente, impacta muito no câmbio. Já tinha uma parte dos membros do Fed dizendo que deveriam antecipar o tapering. Com isso, o dólar ontem subiu. Índice como emprego por lá é importante para acompanhar, pois assim que houver a retomada de pleno-emprego, ou seja, a taxa de desemprego, hoje em 5,9% recuar próxima a 4,5/5,0%, a taxa de juros por lá realmente subirá.

Dados importantes para nós do cambio são os números relativos à retirada de capital estrangeiro da B3 (SA:B3SA3), por exemplo, o que deve ser observado quanto a estes números é o quanto o Brasil está atrativo para o investidor. Na terça-feira, 13/7, a saída líquida de recursos estrangeiros foi de R$ 1,05 bilhão, enquanto no acumulado de julho a saída foi de R$ 1,16 bilhão. No ano, o saldo é positivo, com entrada líquida em R$ 46,85 bilhões.

Voltando ao assunto do novo Bolsa Família/ Reforma Tributária que, aliás, deverá ficar na pauta por um bom tempo, o que foi apurado é que o ticket médio do Bolsa Família será de 270,00, e o projeto atrela o novo benefício à aprovação da taxação de lucros e dividendos. Enquanto isso, o projeto de lei de diretrizes orçamentárias (LDO) deste ano foi alterado para permitir que as propostas sejam medidas de compensação financeira a novos gastos. A proposta veio com a previsão de um déficit de 170,47 bilhões de reais para os orçamentos fiscal e da seguridade social da união (Governo Central) e um fundo eleitoral inflacionado para 5,7 bilhões de reais. O texto final pode remanejar verbas previstas para Ministérios para projetos indicados por parlamentares, o que amplia o poder da base do governo no Congresso e será enviada pelo governo em agosto.

A pretensão do deputado federal Celso Sabino (PSDB-PA), relator da reforma tributária, é de que o relatório final seja apresentado ainda hoje, e do jeito que essa reforma está impactando no câmbio, fiquem atentos a qualquer aumento de taxação (dólar para cima) ou diminuição de taxação (dólar para baixo).

O PIB da China no segundo trimestre do ano veio em alta de 7,9%, a produção industrial de junho desacelerou e as vendas no varejo superaram as estimativas.

Por aqui, com a vacinação acelerando e o comércio reabrindo, o que tem no radar é a retomada econômica e precisamos ver a que ritmo, não esquecendo, infelizmente, da variante delta e possíveis retrocessos se novas cepas surgirem.

Além de tudo isso, de positivo para o real temos os IPOs e minha opinião é que a liquidez abundante, os ciclos de alta da taxa Selic e o bom andamento da reforma tributária (se for bom) devem jogar a favor do Brasil, com o incremento de “carry trades”. Se os juros americanos subirem antes do esperado e as decisões políticas comprometerem o cenário fiscal, aí não tem aumento de Selic que segure o dólar.

Dados de ontem: o número de pedidos iniciais por seguro-desemprego nos Estados Unidos teve redução de 26 mil na semana encerrada em 10 de julho, a 360 mil. A produção industrial cresceu 0,4% em junho. O resultado ficou abaixo do esperado por analistas.

Para hoje, IPC mensal/junho e anual e balança comercial de maio na zona do Euro, nos EUA núcleo de vendas no varejo mensal/junho e a leitura da confiança do consumidor já de julho. No Japão, a decisão de taxa de juros. Por aqui, o foco se mantém na política e no Fed, que respondem pela volatilidade do câmbio. Ontem, a máxima ficou em R$ 5,1388 e a mínima em R$ 5,0532.

O rumo do dólar tem opiniões muito divergentes. Alta da Selic e das commodities são pontos positivos para trajetória da divisa brasileira, mas eleições em 2022 e juros nos EUA preocupam.

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