Dólar: Incertezas Sobre Solução Para Orçamento 2022 Deve Impactar Mercado

 | 09.11.2021 08:38

O dólar subiu e fechou a RS$ 5,541, embora tenha fechado o pregão longe das máximas do dia RS$ 5,5976, com investidores dividindo atenções entre as incertezas em torno da PEC dos Precatórios e a agenda de indicadores econômicos norte-americanos desta semana.

Precatórios seguem no radar. A decisão da ministra do STF Rosa Weber de conceder liminar suspendendo o pagamento das emendas do relator usadas para negociar votos para a PEC vai a julgamento em plenário virtual do Supremo, em sessão extraordinária marcada para hoje e amanhã. Isso pode atrasar a votação em segundo na Câmara, prevista para hoje ou até impor uma derrota da proposta do governo e aliados para viabilizar o Auxilio Brasil. No despacho da ministra foi determinado que o governo suspendesse imediatamente todos os pagamentos feitos via “orçamento secreto”.

A judicialização da PEC aumenta as chances do governo abrir mão do plano B de prorrogar o auxilio emergencial.

Amanhã sai IPCA de outubro, que deve confirmar a escalada da inflação, que combinada aos riscos fiscais confirma as expectativas para o ciclo de dois dígitos na alta da Selic, e coloca a meta de 2022 em dúvida. Bem provável que o Banco Central perca a batalha contra a inflação também em 2022. Um aperto monetário maior causa efeito colateral sobre o crescimento do país.

Boletim Focus mostrou ontem que os economistas elevaram as estimativas para o IPCA neste ano de 9,17% para 9,33%, enquanto há 4 semanas estavam em 8,59%. A estimativa do IPCA continua acima tanto da meta de 3,75% como do limite superior de 5,25%. Em relação ao IPCA de 2022, a deterioração da perspectiva inflacionária prossegue, com as estimativas elevadas de 4,55% para 4,63%%, voltaram a rebaixar as estimativas para a alta do PIB no fim do ano, com avanço projetado de 4,94% para 4,93%%. Para 2022, a estimativa de também caiu, de 1,2% para 1%.J

á a projeção da taxa Selic subiu de 8,75% para 9,25% no fim deste ano. Os economistas mantêm a projeção de alta de 1,5 pontos percentual na taxa Selic na última reunião do ano em dezembro, seguindo a promessa do Banco Central no último comunicado. Em relação ao dólar, as apostas se mantiveram em R$ 5,50 para 2021, enquanto há quatro semanas estavam em R$ 5,25. Para 2022, as estimativas também se mantiveram em R$ 5,50. Já as projeções de 2023 subiram, com expectativa de fechar o ano de R$ 5,25 para R$ 5,30, enquanto para 2024 continuou em R$ 5,20.

O Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) voltou a subir em outubro, registrando alta de 1,60%, com aumento generalizado da inflação ao produtor. Acima das projeções.

A inflação pressionada foi decisiva para o Brasil anunciar o corte em 10% das alíquotas do Imposto de Importação de 87% dos produtos do universo tarifário. A redução vigorará ate dezembro/22.

No exterior hoje temos IPP e amanhã IPC referente à inflação de outubro na economia dos EUA, que deve continuar repercutindo os gargalos na oferta global. O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, confia que embora as pressões estejam durando mais do que o esperado, devem perder o fôlego. A Câmara dos EUA aprovou o pacote de infraestrutura. O presidente do Fed. de St. Louis, James Bullard, disse nesta segunda-feira esperar que o Fed aumente os juros duas vezes em 2022, depois de encerrar sua redução na compra de títulos no meio do ano, embora tenha afirmado que, se necessário, o Fed poderia finalizar o programa de estímulo no primeiro trimestre.

Enquanto isso, na Europa, o economista-chefe do Banco Central Europeu (BCE), Philip Lane, disse que apertar a política monetária agora seria contraproducente e que, apesar da inflação atual alta, a análise indica que a zona do euro ainda é confrontada por uma dinâmica de inflação fraca no médio prazo.

Hoje à noite saem à inflação ao consumidor (IPC) e produtos IPP de outubro na China. Em meio a problemas nas cadeias de produção, o país informou superávit comercial recorde no mês passado. Segundo o ING, o atraso nas entregas de mercadorias e escassez de chips, que reduz as importações de automóveis e peças, deve continuar afetando as importações e distorcendo dados da balança.

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