Dólar: No pós-feriado, olho no risco fiscal

 | 16.11.2023 06:00

Bom dia, mercado do câmbio! No último pregão o dólar à vista fechou o dia cotado a R$ 4,862 para venda. A inflação ao consumidor nos EUA veio abaixo do esperado e aumentaram as apostas em corte de juros por lá ainda no primeiro semestre de 2024.
 
Ontem, com o mercado fechado aqui, saíram as vendas do verejo norte-americano. As vendas caíram 0,1% no mês passado, menos do que o esperado. Na terça-feira os preços ao consumidor dos EUA ficaram inalterados em outubro, pela primeira vez em mais de um ano. Tudo indica que o atual ciclo de aumento de juros americano chegou ao fim. 

Já na China a produção industrial cresceu 4,6% em outubro. As vendas no varejo aumentaram 7,6%. Ambos vieram melhores do que a expectativa do mercado. Não sei se dados vindo da China são confiáveis, mas, se forem, a coisa deu uma leve melhorada. Segue o problema imobiliário por lá. 
 
Outro ponto de atenção para o mercado internacional agora é que o presidente norte-americano, Joe Biden, precisa sancionar uma medida para evitar a paralisação parcial do Governo Federal antes que o financiamento atual das agências federais expire à meia-noite de sexta-feira. O projeto de lei de gastos provisório estende o financiamento do governo nos níveis atuais até início de 2024, dando aos parlamentares mais tempo para elaborar os projetos de lei de gastos detalhados. O Congresso está em seu terceiro impasse fiscal este ano, após um impasse de meses sobre a dívida de mais de 31 trilhões de dólares dos EUA, que levou o governo federal à beira da inadimplência. A agência Moody's reduziu a perspectiva de sua recomendação de crédito para os EUA de "estável" para "negativa".
 
Por aqui, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, disse que a área econômica do governo ainda não tem uma posição concreta sobre a eventual mudança da meta fiscal de 2024, a depender da articulação da Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO) no Congresso Nacional. Essa questão de mudar a meta está em discussão porque o governo não está conseguindo aprovar no Congresso algumas medidas voltadas para o aumento da arrecadação. Esse impasse coloca mercado de sobre aviso sobre o risco fiscal. 
 
Para concluir, temos dois vetores: por um lado, os juros dos EUA que vão se manter e cairão num curto prazo; por outro, a questão de arrecadação e cumprimento do déficit zero aqui no Brasil, que segue sendo incerta. Agora é acompanhar e ver como o mercado precifica cada vetor. 
 
No calendário econômico para hoje teremos no Brasil o IBC-Br, que é uma prévia do PIB, e o fluxo cambial estrangeiro. Nos EUA, veremos pedidos iniciais por seguro-desemprego, atividade industrial do Fed da Filadélfia, produção industrial de outubro e vários discursos de membros do Fomc. Na Europa, discurso de Christine Lagarde, presidente do BCE, e de outros membros do Banco Central Europeu. 
 
Muito lucro e bons negócios a todos!
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