Dólar: Novamente, críticas da política na economia e receios dos juros nos EUA

 | 08.02.2023 06:00

O cenário doméstico de incertezas em relação às políticas monetária e fiscal e a indefinição a respeito das metas de inflação contribuem para desancoragem das expectativas, e são fatores que estão prejudicado a performance do real.
 
No exterior, as indefinições sobre o ciclo de política monetária em países desenvolvidos têm trazido volatilidade para nossa moeda. Nos EUA, o discurso de Jerome Powell ontem teve tom de cautela. Ele afirmou que dados muito fortes de emprego divulgados na semana passada demonstram que o Banco Central norte-americano ainda tem espaço para aumentar a taxa de juros. Powell afirmou que os dados mostram por que este será um processo que leva um período de tempo significativo, quando se trata de apertar a política monetária. A indicação de Powell de que os juros norte-americanos permanecerão elevados por mais tempo tendem a atrair recursos para o mercado de renda fixa dos EUA, que ficaria mais rentável sob taxas mais altas. Força para o dólar. 
 
Ontem, o dólar à vista fechou o dia cotado a R$ 5,2013 na venda. Mais um dia de críticas à autonomia do Banco Central, que inclusive publicou uma Ata bastante coerente. A Ata se mostra preocupada com a inflação e com o comprometimento do governo com a área fiscal. 
 
O Banco Central independente é extremamente importante porque desconecta o ciclo da política monetária do ciclo político, conforme disse ontem Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central. Lula e membros de sua administração têm criticado de forma recorrente a taxa de juros elevada, atualmente em 13,75%, e a independência do BC, afirmando que a instituição não faz mais agora do que quando seu presidente era trocado sempre que um novo governo assumia. Para completar o receio de possível tentativa de intervenção do governo na autoridade monetária, o serviço de notícias Broadcast noticiou, citando técnicos do governo, que Lula quer indicar para diretorias da autarquia nomes que se contraponham ao presidente Roberto Campos Neto. 
 
O calendário econômico hoje está fraco. No Brasil, apenas a confiança do consumidor de janeiro e o fluxo cambial estrangeiro. Já nos EUA, discurso de Waller, membro do Fed. 
 
A vontade era colocar o título desta análise de “mais do mesmo”, mas me contive. Bons negócios, turma!
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