Vanessa Blum Colloca | 17.01.2024 06:05
Bom dia mercado de câmbio!
O dólar à vista fechou ontem cotado a R$ 4,9268 para venda, segundo informado pela Getmoney. E adivinhem só? Caiu a ficha da galera sobre os juros nos EUA.
Parece que agora já não estão tão “animadinhos” para que o corte de juros por lá ocorra em março. Após o feriado nos EUA, a liquidez aumentou e houve declarações de dirigentes do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) e do Banco Central da Alemanha no sentido de que ainda é cedo para o corte de juros. Muita água vai rolar, e será necessário o mercado acompanhar indicadores de inflação importantes antes dessas decisões. Se os bancos centrais se anteciparem nos cortes de juros, podem voltar a ter processos inflacionários.
O que vimos ontem foram os rendimentos dos títulos norte-americanos subirem e o dólar acompanhar a alta.
Pois é, pessoal criou uma expectativa muito otimista quanto aos cortes de juros em março, e agora está dando uma devolvida desse bom humor.
Sobre o mundo, podemos destacar especial atenção ao conflito no Mar Vermelho, cerca de 12% do tráfego marítimo mundial passa pelo Canal de Suez, que liga o Mar Vermelho ao Mar Mediterrâneo. Se não derem uma solução logo para esse problema, pode haver alta de preços.
Já quanto a China, o presidente Xi Jinping afirmou que o país pretende facilitar os investimentos e financiamentos internacionais no intuito de fortalecer a conexão entre os mercados financeiros domésticos e estrangeiros. A intenção é que haja uma abertura maior da China para o cenário externo, com reformas regulatórias financeiras internacionais.
Excelente notícia! Quanto ao PIB Chinês, houve um crescimento de 5,2% em 2023, acima do projetado pelo mercado. A informação veio deles, então não posso considerar 100% crível. Mas é o que querem que o mercado “compre” como verdade.
E o câmbio deve continuar reagindo ao exterior, as atividades legislativas no Brasil só retornarão do recesso parlamentar em 5 de fevereiro. Quando voltarem seguiremos na novela fiscal, com mais do mesmo tema: “como gastar mais, e de onde arrumaremos mais grana para isso?”.
É provável, que ainda no primeiro semestre do ano, avancem os projetos de lei que regulamentam a reforma tributária aprovada no fim do ano passado, e dessa forma possa haver, algum alívio ao brasileiro, ou por outro lado pode causar um efeito “indigestão” no mercado, a depender de como a pauta fiscal vai ficar.
Calendário econômico para hoje vamos acompanhar o seguinte: na zona do euro o IPC (índice de preços ao consumidor) de dezembro, importante índice de inflação. Por aqui o IGP-10 de janeiro, as vendas do varejo de novembro e o fluxo cambial estrangeiro. Nos EUA conheceremos as vendas no varejo e a produção industrial de dezembro, discursos de Bowman, e de William, membros do Fomc, e de Barr, vice presidente de supervisão do Fed e o livro Bege.
Bons negócios e muito lucro a todos!
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