Dólar, China e Ibovespa no Curto ou Médio Prazo

 | 09.11.2014 16:20

Eu comecei a escrever sobre ações em 2005. Naqueles anos, o movimento do mercado dava margem para maior otimismo e eu escrevia apenas sobre ações brasileiras em emails dirigidos para alguns profissionais, colegas traders, amigos e parentes. Quem leu só o que escrevi e publiquei de uns tempos para cá (Enquanto a Música Toca (em 16/jun/2014) eu alertava que, independente de minha percepção dos sérios problemas econômicos globais para o longo prazo, ironicamente os mercados poderiam apresentar força suficiente para continuar avançando ladeira acima. Na ocasião, o Ibovespa estava aos 54.806 pontos e o S&P500 aos 1.936 pontos. De fato, dois meses e meio depois, em 3/set/2014, o Ibovespa viria a alcançar os 62.304 e o S&P500 superaria a importante barreira dos 2.000 pontos. Um ganho de 13,68% para o índice brasileiro e de 3,77% para o norte-americano. Nos EUA, o ETF em dólares de ações brasileiras (EWZ) subiu 8,78%!

De setembro para cá, os mercados apresentaram maior volatilidade. O dólar engasgou-se em outubro e agora rompeu acima dos R$ 2,50. Outubro foi um mês difícil! Enquanto o S&P500 caiu feio (até os 1.820 pts em 15/out/2014) para depois quicar forte, marcando novo recorde de fechamento aos atuais 2.031 pontos, o mercado brasileiro não se recuperou ainda dos resultados eleitorais. O Ibovespa murchou até seus 48.722 pontos e, surpreendendo os eleitores mais frustrados, recuperou-se até os atuais 53.222 pontos. Nos EUA, o EWZ com ações brasileiras cotado agora a US$40,98 já perdeu 24% do seu valor em dois meses, desde o pico de US$54,56 em 3/set/2014.

Mas o que podemos esperar daqui para frente? Observemos os importantes gráficos abaixo (todos em velas semanais):