Bruce Barbosa | 24.02.2021 11:40
Na segunda-feira e terça-feira desta semana, a Marilia e o Ricardo escreveram ótimos textos explanando o que aconteceu nos últimos dias.
Pois bem. Hoje, chegou a minha vez de dar minha contribuição pertinente (pitaco).
Sim, os analistas da Nord, seguindo rigorosamente a letra da lei, pensam de maneira independente e atuam com opiniões próprias.
Pense em nós como "Os Vingadores" – cada um com seu superpoder, mas unindo forças contra perigos maiores.
O que aconteceu nos últimos dias é o equivalente à ameaça de Thanos: a maior ameaça para seu dinheiro é o governo brasileiro.
O governo brasileiro gasta demais e gasta mal, quebra e destrói a economia.
Pensando SEMPRE a longo prazo, precisamos nos preparar para o que vem aí – as eleições de 2022.
Duvido que você acerte de qual vingador eu gosto mais...
h2 O que aconteceu?/h2É simples: Nosso presidente, Bolsonaro, é político.
Bolsonaro é político e sua aprovação vem caindo.
Bolsonaro é político, sua aprovação vem caindo e os caminhoneiros, sua base eleitoral, estavam ameaçando uma greve.
Ao mesmo tempo, Castello Branco, que vinha fazendo um trabalho FENOMENAL na Petrobras (SA:PETR4), decidiu “trucar” – combinou com o chefe (Bolsonaro) que seguraria o aumento de preços dos combustíveis (até que o governo reduzisse os impostos), mas fez o repasse antes do combinado.
Além disso, deixou escapar: "caminhoneiros não são problema meu".
Deu no que deu.
h2 O que acham os otimistas?/h2Os otimistas viram um presidente truculento (um elefante na loja de cristais) que cria problemas onde eles não existem ou que transforma probleminhas em problemões.
Mas Bolsonaro continuaria com o mesmo direcionamento que tinha desde que foi eleito em 2018.
As reformas, importantíssimas para o crescimento do país, estariam andando e, com a nova liderança no Congresso, teríamos uma chance ímpar de aprovar o que precisamos para deslanchar.
A demissão de Castello Branco na Petrobras seria um "mal necessário" para não deixar a greve dos caminhoneiros acontecer e mantermos nossa recuperação econômica em marcha.
Eu entendo esse posicionamento.
h2 O que acham os pessimistas?/h2Os pessimistas estão vendo Bolsonaro se transformar em Dilma Rousseff.
O voluntarismo na economia, as declarações atrapalhadas e a tomada de decisões intempestiva e sem consultar seu time de especialistas seriam sinais de alerta.
O Executivo Federal não teria ajudado na aprovação de nenhuma das reformas (o mais importante para retomarmos o crescimento) e estaria constantemente atuando contra sua aprovação.
Mais gastos com auxílio emergencial e a incapacidade deste governo de fazer a economia andar nos levaria a mais uma crise de confiança na solvência do país (o maior risco da história brasileira).
Além disso, ainda estamos atrasados com a vacinação, mais um impedimento para que a economia se recupere.
Eu também entendo esse posicionamento.
h2 O que o Bruce (Banner?) acha?/h2Não é a primeira vez que isso acontece.
Já tivemos diversas outras crises parecidas e, vou admitir para vocês, fiquei EXTREMAMENTE preocupado quando Sergio Moro saiu. Minha maior certeza é que teremos outras crises como esta até o fim de 2022.
Sinceramente, acho que os dois lados têm um pouco de razão.
Dilma foi a pior presidente da história; Bolsonaro faz, sim, um governo muito melhor (até agora).
Passamos a reforma mais importante (previdência) e outras menores.
Continuamos com uma pauta bastante positiva no Congresso (a privatização da Eletrobras (SA:ELET3) sairá?).
Em 2020, poderíamos ter tido uma economia deslanchando, mas fomos pegos de surpresa pela pandemia.
Ao mesmo tempo, o Governo Federal falhou em se preparar para a vacinação e poderia ajudar (MUITO) mais no corpo a corpo das reformas.
Não temos o melhor governo da história, mas também não temos o pior.
h2 Começaram as eleições de 2022/h2Minha maior preocupação é com a plataforma de governo que Bolsonaro apresentará nas próximas eleições.
Políticos querem ser eleitos, e os acontecimentos recentes deixaram bem claro que o governo busca um discurso para elevar sua aprovação popular.
A forma bastante midiática da demissão do presidente da Petrobras deixou isso bem claro – muita coisa foi "deixada no ar" (mudanças na energia?).
A esperança do presidente Bolsonaro era de buscar reeleição com economia pujante.
Contudo, se isso não acontecer, qual será seu trunfo para buscar votos?
O risco é que o governo comprometa as contas públicas para buscar popularidade.
O auxílio emergencial é bastante popular, mas depende das reformas impopulares para abrir espaço no orçamento.
h2 O Congresso assumirá reformas impopulares?/h2O problema do raciocínio acima é que, se o governo estiver olhando para as eleições de 2022, quem assumirá o ônus da aprovação das reformas?
As reformas são ESSENCIAIS para que o Brasil pague suas dívidas e a economia retome o crescimento sustentável.
Assim como o Executivo é político, o Legislativo também é. Assim como o Executivo precisa de votos, o Legislativo também precisa.
Estariam Rodrigo Pacheco e Arthur Lira (e outros deputados e senadores) mais preocupados com o futuro do país do que com seus próprios futuros políticos?
Estariam eles dispostos a atacar privilégios e grupos de interesse sem o apoio do governo?
Estamos observando atentamente.
Os próximos dias serão importantíssimos (votação da PEC Emergencial amanhã, dia 25 de fevereiro).
Estamos observando atentamente.
h2 Investindo para as eleições de 2022/h2Em nossa estratégia, nada muda.
Bolsa é sempre e para sempre.
Continuamos procurando por empresas melhores e mais baratas que a média do mercado.
Empresas que possuem dinâmica de crescimento próprio, independentemente do PIB e de eventos macroeconômicos (eleições, dólar, PIB etc.).
Empresas que negociam a preços baixos demais (EV/Ebitda e Preço/Lucro) para a qualidade do crescimento que apresentam.
Mas olhando o que pode acontecer até as eleições em 2022, repensaremos outros pontos importantíssimos.
Para quem está com alocação em bolsa elevada demais, esta é a hora de repensar.
Para quem precisa de caixa nos próximos 2 ou 3 anos, é hora de colocar um pouco no bolso.
Continuamos de olho nos sinais que nos enviam de Brasília.
Prepare-se para 2022.
/h2
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