Em Dia de Agenda Cheia, Mercados de Olho no FOMC
Pedro Paulo Silveira | 13.12.2017 11:19
Mercados Globais
Após a vitória do senador democrata — Doug Jones — no Alabama, os futuros nos EUA registraram uma queda e o mercado de câmbio também foi impactado pelo evento. A princípio, isso preocupou o mercado pois haveria uma cadeira a menos no senado para os republicanos, tornando a aprovação das reformas um trabalho mais árduo. Embora isso tenha preocupado o mercado, as bolsas recuperaram as perdas rapidamente, já de olho no principal evento do dia: a decisão sobre a taxa de juros pelo FOMC. A expectativa do mercado é de uma alta de 25 pontos base, mantendo o discurso dos dirigentes do Fed em elevação gradual do fed funds.
Os mercados da Ásia tiveram negociações indecisas, olhando os dois eventos citados. Na Europa, as principais bolsas registram queda. No mercado de câmbio, o dólar index teve uma forte queda, que melhorou ao passo que os investidores começaram a “esquecer” o choque de Alabama.
Olhando para os outros indicadores e eventos da agenda do dia, atenção ao índice de preços ao consumidor, que pode apresentar uma leve alta. Além disso, o mercado deve se atentar aos estoques de petróleo bruto e à conferência do FOMC após a decisão de política monetária. Os agentes devem especular em torno das altas da taxa de juros em 2018, com alguns analistas aguardando até quatro altas.
Brasil
No Brasil, o mercado abriu em alta mas desacelerou sua alta, com a relação entre bolsa e previdência se mantendo forte. A agenda externa permanece forte, assim como o noticiário corporativo. Alguns ativos registram forte alta, como a Cosan (SA:CSAN3) (+5%), que aprovou a venda de direitos decorrentes de duas ações judiciais.
Ainda no mercado local, o comércio varejista teve uma retração de 0,9% em outubro. No acumulado, o varejo ainda registra uma alta de 1,4% no volume de vendas e 1,9% na receita nominal. Considerando o varejo ampliado, o volume de vendas acumulado é de 3,2% e a receita nominal acumulada é de 3,1%. O varejo ampliado se difere pelo grupo de veículos e motos e pelo grupo material de construção; que passam por um momento positivo.
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