Escândalos e prejuízos bilionários: 2023 é o novo 2008?

 | 21.03.2023 14:43

Após os colapsos dos bancos americanos SVB  (NASDAQ:SIVB)e Signature Bank (NASDAQ:SBNY) gerarem uma grande tensão nos investidores globais, o mercado voltou suas atenções para outro gigante financeiro na última semana: o Credit Suisse (SIX:CSGN). 

O banco suíço, na verdade, já vinha colecionando diversas polêmicas nos últimos anos, que trouxeram grandes impactos negativos para seus resultados e ações. 

Os casos vão dsde investimentos e prestações de serviços para empresas que acabaram falindo (gerando prejuízos bilionários para o Credit e seus clientes) até envolvimentos em crimes de lavagem de dinheiro e ligação com oligarcas russos em meio à guerra no Leste Europeu. 

Tudo isso trouxe um elevado grau de incerteza em torno do banco e de sua capacidade de se manter sustentável financeiramente, fazendo com que as expectativas por parte do mercado praticamente virassem pó.  

A prova disso é que, na última quarta-feira, 15, foi noticiado que seu principal acionista, o Saudi National Bank, não injetaria novos recursos no Credit Suisse após o banco ter registrado, em 2022, o maior prejuízo anual desde a crise de 2008.

Além disso, outro sinal que mostra que o mercado já não estava nada confiante com o banco é o seu CDS (indicador utilizado para avaliar o risco de crédito de empresas, países etc.), que desde o ano passado já se encontrava em patamares muito elevados.