ESPECIAL BITCOIN: Conheça o Mundo por Trás das Criptomoedas

 | 12.07.2017 07:05

Todo investidor que acompanhou, ainda que distante, o mercado financeiro do primeiro semestre de 2017 em algum momento se deparou com notícias sobre bitcoin e outras moedas digitais. Apontado como um dos principais investimentos no ano com ganhos de mais de 150% desde janeiro, o bitcoin ainda é uma grande incógnita para a maioria dos investidores – sim, até mesmo os mais experientes.

Com esse pouco conhecimento e o grande interesse que o bitcoin desperta, o Investing.com Brasil preparou um especial para abordar desde o básico de o que é uma moeda digital até como investir e pagar por produtos e serviços com o bitcoin. Aproveite hoje o primeiro texto do especial e não deixe de retornar nas próximas semanas para entender melhor o que o mundo das criptomoedas e as raízes da criptomania que atingiu o mercado em 2017.

Moeda sem banco central

O bitcoin nada mais é do que uma moeda que pode ser usada para pagar por produtos e serviços. O que a diferencia das divisas que estamos acostumados, como dólar, real ou euro, é ser uma moeda virtual, cuja emissão e transferência entre pessoas e empresas independe de qualquer autoridade ou banco central.

O bitcoin faz parte de um conjunto de moedas virtuais – que incluem o ethereum, ripple, litecoin, entre muitas outras – também conhecidas como criptomoedas, nome derivado de sua arquitetura digital de funcionamento. Como não há um formato físico – cédulas ou moedas –, a existência de cada bitcoin ou carteira virtual é um código matemático único, cuja validade depende de conjunto de regras que são verificadas por uma rede de computadores conectados que checam e rechecam cada transação – em uma solução chamada de blockchain (veja aqui as o fluxo de informações da blockchain)

“O bitcoin roda em cima da tecnologia blockchain, que através de criptografia diminui infinitesimalmente o risco de fraude e duplicidade na transação. Caso você seja o detentor da chave privada, estará 100% no controle de seus bitcoins. A mesma tecnologia de blockchain agora está sendo aplicada por bancos e bolsas mundo a fora em diferentes contextos e versões”, explica o fundador da FlowBTC, Marcelo Miranda.

É essa rede descentralizada, sem o controle central de nenhum país ou empresa, que mantém as criptomoedas funcionando. Na prática é uma rede formada por servidores, que processam os cálculos matemáticos para verificar a validade das operações e que mantêm históricos de transações, que permite rastrear o fluxo das operações na etapa de validação, sem a necessidade de identificação do dono da moeda.

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“É importante destacar que o bitcoin é uma tecnologia revolucionária, assim como foi a internet. Nunca houve a possibilidade de existir uma moeda, sem emissor central, de forma totalmente autocontrolada e sem nenhuma possibilidade de fraude nas transações”, explica Guto Chiavon, o sócio fundador e COO da corretora Foxbit, que preparou um glossário para ajudar os iniciantes e desmistificar o bitcoin, ao reforçar os conceitos de segurança e liberdade para os usuários por meio da transparência (veja no fim do texto).

Esses princípios vêm desde a concepção do bitcoin em 2008, com a publicação de um artigo que propunha a criação de um sistema monetário eletrônico ponto a ponto (peer-to-peer ou p2p). A idealização foi assinada por Satoshi Nakamoto, um pseudônimo utilizado por algum uma pessoa ou grupo, que nunca foi oficialmente identificado .

Supervalorização em 2017

O bitcoin – e as demais criptomoedas – passou a figurar no mercado financeiro neste ano quando a intensa valorização despertou o interesse dos operadores e investidores. A moeda saltou impulsionada pela grande demanda asiática, especialmente Japão, Índia e também da China, quando o banco central local retirou as restrições às moedas digitais. Tratamos desse tema na semana passada e traçamos um cenário para o segundo semestre.