Esta Alta do Petróleo é Real? 6 Motivos que Provam esta Possibilidade

 | 13.06.2016 13:36

Os analistas estão em conflito sobre se a alta mais recente do petróleo (pairando agora em torno de US$ 50/barril) é simplesmente um resultado das interrupções temporárias na produção ou se o excesso de oferta está diminuindo. As condições atuais do mercado parecem ser o resultado de uma convergência de vários fatores, nenhum dos quais poderia reverter o curso e aumentar as interrupções do petróleo.

Os principais fatores que impactam o mercado agora são:

1) Demanda do verão

Normalmente, a demanda por petróleo aumenta nos meses de verão. Nos Estados Unidos, o consumo de gasolina atinge seu energia eólica (link em inglês) com a General Electric (NYSE:NYSE:GE). Só na Arábia Saudita, a demanda por energia para aparelhos de ar condicionado nos meses de verão pode chegar a um extra de 0,9 milhão de barris de petróleo por dia. Este aumento da demanda sazonal coincidiu com as diversas interrupções no abastecimento neste ano.

2) Consumo de petróleo na Ásia

A demanda por petróleo da China continua forte, mas não porque o consumo chinês continua aumentando. Grande parte do crescimento parece ligado ao fato de que a China está exportando mais produtos refinados, principalmente o diesel. Em outras palavras, a China está comprando petróleo barato, refinando-o e vendendo os produtos resultantes para os seus parceiros comerciais regionais. Se esse nova modalidade de exportação continuará apoiando o petróleo da China, a demanda por petróleo é bem dependente das necessidades de seus parceiros comerciais e pode não ser sustentável.

A Índia, por outro lado, poderia ser se tornar o próximo grande centro de produção. Se a campanha “Make in India" do governo for bem-sucedida, a Índia poderia experimentar um crescimento enorme na demanda por petróleo e produtos refinados. A Agência Internacional de energia (AIE) espera que a demanda indiana aumente de 4 milhões de barris por dia em 2015 para 10 milhões de barris por dia em 2040. A Opep parece concordar e citou a Índia como uma fonte de crescimento da demanda no futuro. No entanto, essas projeções tem como base em grande parte (link em inglês) o crescimento da China ao longo da última década e não podem revelar transferíveis para a economia da Índia uma vez que uma variedade de condições políticas e sociais são diferentes.

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3) Oferta de shale

Este é um enorme ponto de interrogação na equação. Muitos campos de shale na Dakota do Norte têm sido negligenciados devido aos altos custos de extração do local, enquanto que o shale oil em Oklahoma e Texas está prosperando novamente. A contagem de sondas aumentou na semana passada nos EUA, pela primeira vez em onze semanas. No entanto, não está claro se este novo crescimento fará diferença no abastecimento mundial. Ao mesmo tempo, a quantidade de falências na indústria de shale oil continua aumentando. Esta situação é agravada pela venda de ativos para empresas de capital privado que não estão equipadas para operar as sondas de petróleo e, em vez disso, pagam o mínimo necessário para mantê-las até que possam revendê-las com lucro. A crença predominante é que à medida que o preço do petróleo sobe, mais áreas de shale vão voltar à ativa. No entanto, a realidade é mais complicada. O custo de produção varia muito, por empresa, por geografia e até mesmo dentro de uma determinada área de shale oil. Este é um caso de muitas variáveis para poder prever com precisão o que vai acontecer, especialmente uma vez que o preço do petróleo paira no limite da rentabilidade.

4) Interrupções no abastecimento da Nigéria

Os Vingadores do Delta do Níger ainda estão causando prejuízos na Nigéria. Recentemente, eles rejeitaram as negociações com o governo da Nigéria e atacaram outro poço de petróleo da Chevron . A Shell até parou de tentar reparar um oleoduto que o grupo atacou meses atrás. Não está claro neste momento se os sabotadores aceitariam o valor de subsídios que o governo nigeriano pagou anteriormente para que o grupo permanecesse calado. Já que o governo parece não ser capaz ou não estar disposto a enfrentá-los militarmente, este conflito – e as interrupções da produção resultantes – provavelmente vão persistir, pelo menos durante os próximos meses.

5) Crescimento da oferta iraniana

Por outro lado, o crescimento da produção iraniana parece estar cobrindo a queda da produção nigeriana. A produção de petróleo do Irã está perto de 4 milhões de barris por dia e o país afirma que continuará expandindo nos próximos meses. No entanto, o Irã ainda precisa atrair o investimento estrangeiro para seus ativos de petróleo e gás. O país assinou memorandos de entendimento com a Itália, Coreia do Sul e Japão, mas ainda não assinou acordos de empresa. Isto é, em grande parte porque o governo iraniano ainda não determinou de maneira conclusiva os termos para investidores estrangeiros – uma questão política controversa (link em inglês) no Irã. O Irã afirma que anunciará os termos em junho ou julho, mas, neste momento, quem sabe?

6) Especulação do mercado

As ações de especuladores parecem sempre amplificar as tendências no mercado de petróleo. Será que o número de novas sondas de petróleo de xisto afugentará os especuladores das recentes altas no petróleo? Ou a declaração da Opep de que o mercado está "entrando em equilíbrio" será um fator mais poderoso? Ou os especuladores poderiam aproveitar o fato de que as instalações de armazenamento de petróleo ainda estão em plena capacidade e estimular a queda dos preços. A própria volatilidade aumenta a oportunidade para aqueles que investem em petróleo para obter lucro. Independentemente de os conceitos indicarem que os preços devam ficar a esta altura e continuem subindo, os especuladores têm diversos motivos para movimentar os preços atuais.

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