Está se Alastrando

 | 26.01.2015 14:24

7 a 0

Nem terminamos janeiro e as projeções dos agentes de mercado, agora assumidas como balizas para as projeções de governo, atingem níveis constrangedores...

Inflação em 6,99%, para um “crescimento” de 0,13% da economia brasileira.

Isso, com o maior juro real do mundo (e subindo), sem falar no risco iminente de racionamento de energia, que pode custar mais 1 ponto percentual do nosso PIB.

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Isso, diante de mercados internacionais em níveis recordes e prognóstico de crescimento global de 3,5%...

Agora, imagine com um descalabro da economia mundial...

Recordar é (sobre)viver

Dediquei o M5M anterior a abordar dois tópicos-chave:

1) como os recordes dos mercados de EUA, Europa e China são artificiais, alimentados por excesso de liquidez e alavancagem, oferecendo um retrato desapegado dos fundamentos materiais;

2) como a dinâmica de uma economia baseada em commodities e de moeda frágil como a nossa é atroz: mesmo se o Brasil estivesse bem, internamente em ordem, ainda não teríamos a garantia de que nossa economia irá prosperar, vulnerável aos ventos da economia internacional.

Para o caso de economia interna desajustada combinado a colapso global, deixo caminho livre para a sua imaginação.

Está se alastrando

O noticiário desta segunda-feira traz a sua imaginação um pouco mais perto da realidade.

Para você que havia esquecido da crise russa, atrapalhado pela crise suíça... não bastasse a pressão do preço do petróleo, voltam aos holofotes novas sanções a Putin.

Antes de voltarmos a nos preocupar com a Rússia, no entanto, precisamos nos preocupar com a Grécia. Os radicais de esquerda chegaram ao poder por lá prometendo calote na dívida e acabar com as medidas de austeridade, isso com uma relação dívida/PIB em 177%.

Depois de nos preocuparmos com a crise da Grécia e com a Rússia, e com a Suíça, há a Espanha. Com 5,4 milhões de desempregados e taxa de desemprego batendo em 24%, o país tem uma situação complicada e eleições próximas, e partidos de extrema esquerda também ganhando espaço.

Até aonde vai a festa com a bazooka de liquidez do Sr. Mario Draghi?

Faz-me rir

Não haveria porque de haver surpresa de início, uma vez que as medidas de austeridade vinham gerando insatisfação popular e já indicavam a ascensão do partido Syriza ao poder.

Pesquisa recente do instituto Gallup apontava que menos de 20% dos gregos aprovavam a condução da economia local...