Etanol: Volume de Hidratado Negociado em São Paulo Cresceu 41% em Setembro

 | 18.10.2021 12:11

Em setembro, o volume de etanol hidratado negociado pelas usinas de São Paulo cresceu 41% na comparação com o mês anterior, segundo levantamento do Cepea. Na parcial desta safra 2021/22 (de abril a setembro/21), contudo, a quantidade comercializada no spot paulista ainda está 18% abaixo da do mesmo período de 2020/21. As compras de hidratado pelas distribuidoras estiveram, de modo geral, sendo feitas de forma pontual, dado que se observa queda no consumo desse biocombustível em detrimento da gasolina, que se mostra mais competitiva em muitos estados. Por sua vez, a demanda por anidro cresceu, ancorada justamente no aumento das vendas da gasolina C. Quanto aos preços, na parcial desta safra 2021/22 (de abril a setembro), a média do Indicador CEPEA/ESALQ do hidratado está em R$ 2,9827/litro, bem acima dos R$ 2,1337/litro em igual período de 2020 – alta de 39,8%, em termos reais (os Indicadores mensais foram deflacionados pelo IGP-M de setembro/21). No caso do anidro, a média da parcial desta safra do Indicador CEPEA/ESALQ está em R$ 3,3537/litro,sendo 43,2% superior à do mesmo período da temporada anterior. Na média das semanas cheias de setembro, o Indicador CEPEA/ESALQ do hidratado ficou em R$ 3,2633/litro, avanço de 4,11% sobre o de agosto. No mesmo comparativo, o Indicador CEPEA/ESALQ do anidro, considerando-se somente o mercado spot, teve elevação de 4,67% de agosto para setembro, a R$ 3,8158/litro.

O Cepea registrou que, no estado de São Paulo, algumas usinas já encerraram as atividades de produção da safra 2021/22. Em certos casos, houve transferência de matéria-prima para outras filiais do mesmo grupo. Assim, tem-se, na presente safra, um padrão de moagem mensal bastante diferente do observado em anos anteriores, quando, em setembro, ainda se registrava um bom volume de cana sendo processado. Para outubro, o número de unidades produtivas de São Paulo que deve encerrar a moagem pode ser ainda maior. Em alguns casos, a programação para o final de safra foi antecipada. Esse comportamento também foi observado nos demais estados da região Centro-Sul. Na ponta varejista, a paridade entre os preços do etanol hidratado e da gasolina C nas bombas do estado de São Paulo ficou em 78,02% em setembro, ante os 75,60% do mês anterior. As médias foram de R$ 5,755/litro para a gasolina C e de R$ 4,490/litro para o etanol de acordo com o levantamento mensal da ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis). Nos outros principais produtores da região Centro-Sul, a relação entre os dois combustíveis seguiu desfavorável para o etanol e bem superior a 70%. Em setembro, em Goiás, o percentual ficou em 74,39%; em Minas Gerais, em 75,34%; em Mato Grosso, em 74,10%; no Paraná em 81,81%; em Mato Grosso do Sul, em 79,51%,segundo dados da ANP.

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NORDESTE – Com o início da moagem, a oferta dos etanóis (anidro e hidratado) aumentou nos estados de Pernambuco, Alagoas e Paraíba em setembro. Nos estados de Pernambuco e Alagoas, a produção de etanol ainda foi mais lenta, comparado ao estado da Paraíba, uma vez que algumas usinas começaram a moagem focadas primeiramente na produção e venda de açúcar. Em setembro, o Indicador mensal do hidratado CEPEA/ESALQ da Paraíba caiu 5,09% frente a agosto, fechando em R$ 3,1932/litro. Para o Indicador mensal do anidro, a média foi de R$ 4,0710/litro, elevação de 1,97%. Em Pernambuco, o Indicador mensal CEPEA/ESALQ do hidratado fechou em R$ 3,1873/litro em setembro, queda de 1,56% frente a junho – último Indicador divulgado. Para o anidro, o Indicador mensal CEPEA/ESALQ fechou em R$ 4,0319/litro, avanço de 2,41% na comparação com maio – último Indicador divulgado. Em Alagoas, o Indicador mensal CEPEA/ESALQ do hidratado fechou em R$ 3,0969/litro em setembro, valorização de 2,56% frente a junho – último Indicador divulgado. Para o anidro, o Indicador mensal CEPEA/ESALQ fechou em R$ 4,0815/litro, avanço de 1,82% na comparação com maio. Após a liberação das vendas diretas de etanol entre usinas e postos, os produtores dos estados nordestinos seguiram estudando as mudanças tributárias e operacionais necessárias para iniciar este tipo de comercialização.