Incentivos Aumentam Demanda de Títulos de Países Periféricos na UE

 | 16.06.2020 11:02

A última emissão de títulos de 10 anos do governo da Grécia na semana passada registrou uma demanda cinco vezes maior do que a oferta, o que permitiu que a outrora combalida nação europeia arrecadasse 3 bilhões de euros a uma taxa de 1,55% em sua segunda operação do tipo desde o início da pandemia.

Atenas vendeu 2 bilhões de euros em títulos de sete anos no mês passado, depois de levantar 2,5 bilhões de euros nos papéis com vencimento em 15 anos no mês de janeiro.

Os investidores ávidos por rendimentos estão arrematando os títulos de governos de países periféricos da União Europeia, graças ao respaldo oferecido pelo Banco Central Europeu (BCE) por meio do seu Programa de Compras Emergenciais contra a Pandemia, que conta agora com 1,35 trilhão de euros. O BCE suspendeu suas exigências de rating para compras emergenciais de ativos, o que lhe permite adquirir os papéis gregos mesmo sem uma classificação de grau de investimento.

Mas a Grécia fez sua parte depois do doloroso ajuste imposto durante a crise da dívida soberana da UE, chegando até mesmo a registrar superávits primários de 2016 a 2018. A receita proveniente da última emissão ajudará a Grécia a lidar com o impacto econômico da pandemia.