Faça Fortuna com Ações, Antes que Seja Tarde

 | 30.01.2020 07:05

O livro “Faça Fortuna com Ações, Antes que seja Tarde”, de Décio Bazin, é um dos clássicos da literatura brasileira de investimentos. Nele, o autor conta como era o mercado financeiro durante as décadas de 60, 70, 80 e 90 e divulga a sua tão famosa “fórmula”.

Para uma ação específica ser alvo de investimento, esta tinha que obedecer aos seguintes critérios presentes na fórmula de Bazin:

 

  1. Empresas com Dividend Yield > 6%;
  2. Empresas com poucas dívidas;
  3. Empresas não envolvidas em escândalos.

Na minha concepção, nenhum investidor deveria tomar uma decisão de investimento baseado em simples fórmulas, pois elas são altamente suscetíveis a erros por conta de sua simplicidade. Vejamos abaixo o porquê.

Dividend Yield

Ao se deparar com um alto Dividend Yield, um investidor ganancioso pode pensar que finalmente encontrou a sua tão procurada barganha, aquela que lhe remunerará com generosos dividendos e altos ganhos de capital.

No entanto, é extremamente provável que ele venha a se decepcionar. Pegamos a Oi (SA:OIBR3) como exemplo. Pouco tempo antes de declarar recuperação judicial, as ações da operadora de telefone chegaram a “pagar” 17,5% de Dividend Yield, o que era claramente insustentável.

O investidor que decidiu investir na Oi (SA:OIBR3) por conta de seu Dividend Yield obteve, de lá para cá, um doloroso retorno de -94%.

Empresas com poucas dívidas

Décio Bazin não define em seu livro o que é uma empresa com poucas dívidas, até porque isso é subjetivo de um setor para outro. Como podemos ver na tabela abaixo, os índices de dívida variam fortemente de uma indústria para outra.