Fala de Powell, Produção Industrial EUA e Pedidos de Seguro-Desemprego
Breno Bonani | 18.04.2024 11:28
Fala turma!! Sem muitos dados essa semana, vou comentar a fala do Powell ontem, produção industrial dos EUA e dados de seguro desemprego que saíram hoje.
Powell afirmou que não tem pressa em cortar as taxas, por conta dos fortes dados do mercado de trabalho e da inflação.
Os dados recentens não deram maior confiança para o FED e indicam que demore mais que o esperado para alcançar esta confiança. Mesmo assim, o mercado trabalha com um possível corte de 40bps em 2024.
Apesar dessa esperança no corte de juro por parte do mercado. A mudança de mentalidade em relação ao mês anterior foi bem forte. Abaixo a mudança de mar/24 para abril/24 na trajetória dos FED Funds Rate.
Por conta disso, o rendimento das treasuries (tesouro americano) voltaram a subir, com a treasury de 2y e 10y subindo 6,7bps e 6,6bps, respectivamente.
Abaixe o App
O hiato do produto pode significar que o FED (Banco Central Americano) tem menos margem para cortar o juro do que o mecado espera.
O que chama mais a atenção, é o fato do SP500 (o índice mais famoso dos EUA) está literalmente desafiando a taxa de juro real dos EUA.
Agora, indo para o setor industrial nos EUA. O indicador de Produção Industrial voltou a mostrar sinais de recuperação, com um ganho em março que superou as estimativas.
Além disso, a produção de veículos voltou a aumentar em março.
Não só a produção industrial voltou a mostrar uma recuperação, como o utilização de capacidade das industrias também aumentaram.
Por fim, do lado dos dados de seguro desemprego, tivemos outro pedidos iniciais de seguro desemprego na casa dos 200mil.
Ficando em 212mil, abaixo da estimativa de 215mil. Os pedidos continuos ficaram em 1,812 milhões, abaixo dos 1,818 milhões esperados.
O dado “mainstream” mostra que os pedidos seguem abaixo do esperado e que o mercado de trabalho continua resiliente. Mas chama a atenção, o mesmo número 5 vezes seguidas nas últimas semanas.
Com ~160 milhões de trabalhadores nos EUA, 50 estados oferecendo o serviço de auxilio desemprego, com mais layoffs (demissões) acontecendo, como que pode variar tão pouco os pedidos?
Muito estranho. Fica em aberto esse questionamento.
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