Finanças Pessoais: Ficou no Vermelho? Saiba Como Usar o Empréstimo a Seu Favor!

 | 04.07.2022 13:31

Olá, investidor.

Quem é que não se lembra dos efeitos da pandemia? Todos nós sentimos no bolso os impactos do choque pandêmico, que causou vários desequilíbrios entre oferta e demanda.

Empresas fecharam suas portas e milhões de brasileiros se viram desempregados, inclusive os informais tiveram dificuldade em conseguir uma renda mínima.

Entretanto, quando já estávamos prontos para decolar novamente, fomos surpreendidos pela eclosão da guerra na Ucrânia (em fevereiro) e a persistência das pressões inflacionárias, que deve levar os bancos centrais a continuar o ciclo de alta nos juros — apesar de o Brasil estar mais perto do fim de ciclo de aperto monetário.

Endividamento familiar em trajetória crescente/h3


Enquanto a inflação corrói o poder de compra dos brasileiros, a proporção de famílias com dívidas ou contas em atraso no país bate recorde.

Dados do Serasa mostram que um contingente de 65,7 milhões de pessoas no Brasil estão com as contas vencidas. E mais: o valor médio da dívida é superior a 4 mil reais, mais de três vezes o salário mínimo.

Em uma outra pesquisa, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) mostrou que no mês de maio 77,04 por cento das famílias relataram ter dívidas a vencer, seja no cheque especial, empréstimo consignado, prestação do carro, carnê de loja e, principalmente, no cartão de crédito. É o maior percentual dos últimos 12 anos.

"As famílias estão enfrentando dificuldades para honrar suas dívidas no mês, pois já estão com o orçamento muito apertado não só por conta das dívidas, mas também pela inflação ao consumidor acima dos 12 por cento anuais. O comprometimento médio da renda familiar com dívidas chegou a 30,4 por cento em maio, a maior proporção desde agosto de 2021. Do total de endividados, 22,2 por cento precisaram de mais de 50 por cento da renda para pagar dívidas com bancos e financeiras, proporção mais elevada desde dezembro de 2017", informou em nota a CNC.

O que fazer para sair das dívidas/h3

A (triste) história é que, apesar da retomada econômica, muitas pessoas ainda precisam sacar os recursos poupados para complementar a renda da família ou recorrer a empréstimos para equilibrar o orçamento doméstico.

Abaixe o App
Junte-se aos milhões de investidores que usam o app do Investing.com para ficar por dentro do mercado financeiro mundial!
Baixar Agora

Depois de fazer uma análise do orçamento pessoal, se há gastos que podem ser evitados ou reduzidos, vale usar empréstimos menos onerosos a seu favor.

Em primeiro lugar, vale mencionar que os empréstimos não devem ser usados para complementar a renda. Contudo, vale a pena utilizá-los para quitar dívidas, desde que o empréstimo ofereça condições melhores do que as dívidas atuais.

5 opções de empréstimo mais comuns/h3

Na hora de buscar crédito, compare as taxas de juros disponíveis no mercado. Por exemplo, as em torno de 17 por cento (mínimo) ao ano.

Já o é possível encontrar abaixo de 8 por cento ao ano, mas a maioria das instituições — as mais utilizadas — possui taxas em torno de 300 por cento ao ano.

Outra opção convencional é o , que tem taxas de pelo menos 20 por cento ao ano, sendo que as instituições mais utilizadas pelos consumidores possuem taxas ao redor de 160 por cento ao ano.

Uma modalidade de crédito ainda incipiente no país é o empréstimo com garantia. Nesse caso, o tomador garante a quitação da dívida oferecendo um bem, como um automóvel ou um imóvel.

Essa modalidade tem ganhado espaço porque, ao inserir uma garantia na operação, é possível reduzir as taxas pagas à instituição de crédito.

Um ponto importante é que, com o aumento das opções de fintechs oferecendo crédito a taxas mais baixas e empréstimos com garantia, ficou mais fácil encontrar a condição ideal para o pagamento de dívidas, além de parcelas mais interessantes respeitando o orçamento doméstico.

Como fazer a conta certa em empréstimos/h3

Para esclarecer a dúvida, vamos dar um exemplo prático:

Vamos supor que você tenha pedido um empréstimo de 10 mil reais para pagamento em 24 meses (2 anos) e com uma taxa de 2 por cento ao ano.

Usando a calculadora on-line do site fazaconta.com é possível perceber que ao longo do tempo a parcela contempla dois componentes: o que é de fato amortizado na dívida e os juros pagos ao longo do tempo.

Nossa analista destaca que os juros são sempre quitados em maior quantidade no início e as maiores amortizações ficam para o final (dentro da categoria price, em que as parcelas são fixas).