Futuros do Café Têm Nova Semana de Perdas em NY

 | 15.03.2019 14:14

Os contratos futuros do café seguem sua trajetória de perdas nos mercados internacionais, pressionados por indicadores técnicos negativos, pela atuação de fundos de investimentos e pela pressão dos picos de alta do dólar, apesar do recuo da moeda no acumulado da semana.

Na Bolsa de Nova York, o vencimento maio/19 do contrato "C" encerrou o pregão de ontem a US$ 0,9715 por libra-peso, com desvalorização de 135 pontos. Na ICE Futures Europe, o contrato maio do café robusta caiu US$ 40, fechando a US$ 1.490 por tonelada na quinta-feira. O dólar comercial foi cotado a R$ 3,848, com recuo de 0,6%.

Hoje, a Comissão de Comércio de Futuros de Commodities (CFTC, sigla em inglês) divulgará seu relatório semanal com o posicionamento de traders e a expectativa é que os fundos tenham ampliado sua posição vendida. Na semana encerrada em 5 de março, eles contavam com saldo líquido vendido de 75.184 lotes.

A Federação Europeia de Café (ECF, em inglês) anunciou, ontem, que os estoques no continente registraram queda de 1,5% ao final de janeiro, somando 678.669 toneladas. Em dezembro, o volume era de 688.739 toneladas. Nesta sexta-feira, a Associação de Café Verde dos EUA (GCA, em inglês) anunciará o volume armazenado no principal consumidor mundial.

Em relação ao clima, a Somar Meteorologia informa que deverá permanecer instável em toda a Região Sudeste durante os próximos dias. De acordo com o serviço meteorológico, as instabilidades tendem a diminuir aos poucos, reduzindo o risco de chuvas volumosas.

No mercado físico, as cotações acompanharam o desempenho semanal das bolsas internacionais e também recuaram. Segundo agentes consultados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a aproximação da colheita de conilon fez com que os produtores estivessem mais presentes no mercado, permitindo o fechamento de alguns negócios de maneira pontual. Os indicadores calculados pela instituição para os cafés arábica e robusta foram cotados a R$ 399,14/saca e a R$ 303,61/saca, com perdas de 1% e 1,2%, respectivamente.