Giro da Commodities: Seja lá o PIB chinês em 2024, não afeta a comida importada

 | 29.12.2023 11:20

Por qualquer expectativa que se olhe o desempenho da economia chinesa em 2024, os resultados volumétricos das exportações brasileiras de carnes pouco sofrerão alterações. Como sempre ocorre.

Minérios costumam sentir mais o impacto direto do PIB do país, e em certa medida o algodão, embora este ainda dependente da capacidade exportadora chinesa, mas com comida não é bem assim.

Se pegarmos os números de 2022, ano no qual a economia cresceu apenas 3%, tem-se 26% a mais de importações de carne bovina brasileira, 1,867 milhão de toneladas.

Se pegarmos o caso da soja, houve decréscimo de 11% das vendas do País, para 53,7 milhões de toneladas, mas em parte por compensação pelo aumento da produção local e importações de outras origens, enquanto o esmagamento cedeu pelo tímido avanço da recuperação do plantel de suínos.

Tanto que as compras totais chinesas na safra 22/23 ficaram em 98 milhões, portanto não carregou o efeito do PIB 2022, ao passo que na atual, carregando a alta da economia prevista em 5% em 2023, deverá comprar globalmente no máximo 1 milhão de toneladas acima.

O Brasil deve escoar para lá cerca de 60 milhões de toneladas, em torno de 70% das suas vendas totais.

Pequim manobra aquisições em linha com suas estratégias, controla o balanço mundial de oferta e demanda com maestria, e forma estoques. Como foi o caso deste ano, quando os preços da soja e do milho estiverem nos menores patamares.

E sai de alguns mercados pontualmente, mesmo quando a sua economia anda melhor – como foi o caso de 2023. Por exemplo, até novembro as importações de carne bovina do Brasil recuaram 7,5%, para 1,091 milhão/t, ante os mesmos 11 meses anteriores.

Inclusive com os compradores chineses ofertando preços 26% mais baixos que em 2022.

A China comprou muito em 2022 – mesmo com o PIB em mais 3%, frisa-se novo -, e tirou o pé neste ano, contando ainda com uma recuperação da oferta de carne suína doméstica.

Enfim, se o gigante crescer 5%, 6%, ou 4%, que seja, em 2024 não será nenhuma taxa que moverá seu apetite.

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