Ouro Pode Ultrapassar US$ 2150 em Agosto; Prata de Olho nos US$ 30

 | 05.08.2020 10:46

Publicado originalmente em inglês em 05/08/2020

Onde será que o ouro vai parar? Como os futuros do ouro nos EUA não param de registrar novas máximas históricas – a última acima de US$ 2.052 por onça na quarta-feira pela manhã na Ásia –, todos estão tentando responder a essa questão.

E, por mais simplista que pareça, o avanço ou recuo do metal amarelo a partir do patamar atual depende quase que totalmente de uma coisa: do dólar.

Afinal, apesar de todas as análises gráficas, padrões de candlesticks e projeções de Fibonacci, o valor do ouro, assim como o de qualquer commodity, é determinado pela oferta e demanda.

No caso dos metais preciosos, cuja oferta é invariavelmente mais limitada do que a de outras matérias-primas, um fator adicional precisa ser considerado: a disponibilidade de dinheiro, que determina o valor das moedas, como o dólar.

O Índice Dólar, que compara o valor da moeda americana ao de outras seis divisas, estava nas máximas de 17 anos a 103,960 em março. O dólar manteve-se firme naquele momento, enquanto as ações afundavam no auge dos temores do coronavírus, criando uma necessidade crônica de caixa para cobrir as margens nas ações, o que acabou gerando uma corrida no ouro, o melhor ativo passível de liquidação quando existe uma pressão para levantar dinheiro. O metal, com isso, caiu para a mínima de 4 meses a US$ 1.451,00.

A culpa é da queda dos rendimentos, das taxas reais e do dólar

Voltando a agosto, o Índice Dólar encontra-se agora nas mínimas de 27 meses, a 93,047, afetado pela queda dos rendimentos dos títulos de 10 anos do tesouro americano, já que as taxas reais entraram em território negativo, sem falar na emissão de mais de US$ 3 trilhões em fundos de combate ao coronavírus nos EUA desde março, que devem ser ampliados.

Ninguém precisa ser um economista de Harvard para entender o impacto inflacionário que toda essa oferta monetária terá sobre o dólar no futuro. Os investidores estão preocupados com a saúde do balanço de pagamentos dos EUA, razão pela qual todos, ou pelo menos alguns, estão olhando para o ouro como uma forma de se proteger contra todas essas ameaças.

No momento em que escrevo, o contrato de ouro para outubro na COMEX de Nova York registrava nova máxima recorde a US$ 2.038,95 no início do pregão desta quarta-feira em Cingapura, depois de fechar a US$ 2.001,20 na sessão regular de Nova York, considerando que o pico das negociações foi a US$ 2.014,15.

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