Perda da Especulação Sobre o Dólar no Mercado Futuro é Gradual, Mas Consistente!

 | 23.05.2019 07:42

O termômetro da queda tem sinergia direta com a melhoria do clima em torno da tramitação da Reforma da Previdência, e esta, ao que tudo indica ganha tração a despeito das eventuais divergências ainda existente, mas sem dúvida a viabilidade vem dando passos largos no sentido positivo, e isto, de forma natural afasta a possibilidade do “caos” que é o ponto de apoio em perspectiva dos investidores especuladores presentes no mercado futuro de dólar.

É notória a percepção do processo de distensão entre as partes conflitantes do Congresso com o Governo, havendo crescente entendimento de que se a Reforma da Previdência não avançar só restarão perdedores, e o maior de todos será o país.

Portanto, ainda que com alguma desidratação no percurso, surge a efetiva possibilidade de aprovação, até com ganho de tempo, da Reforma da Previdência, pelo entendimento de que não haverá louros àqueles que a embargam, mas que aos mesmos recairá a responsabilização do caos.

Então, há um alívio nas perspectivas e isto alivia as pressões negativas e ainda que prematuramente crie a real possibilidade de reversão do clima de desalento que vinha crescendo e sendo habilmente operacionalizado pelos especuladores, em grande parte investidores estrangeiros, com suas posições compradas no mercado futuro de dólar.

Na segunda feira o preço da moeda americana ainda resistiu à reversão da tendência, mas o movimento reduzido no mercado futuro de dólar na BM&F já denotava que o esgotamento da capacidade de impulsionar a taxa estava no limite.

O BC corretamente se manteve ausente de intervenção efetiva no curso do mercado, a despeito de ter mal compreendida a sua oferta de rolagem rotineira de volume de linhas de financiamento em moeda estrangeira com recompra vincenda em 4 de junho, deixando evidente a sua convicção sobre a insustentabilidade do movimento especulativo a fatos novos positivos em torno da Reforma da Previdência.

Há momentos em que o “silêncio é a melhor mensagem” e a autoridade praticou isto com habilidade e correção.

Ao longo deste período de especulação que ainda tende a resistir à queda e isto poderá determinar momentos de volatilidade, mantivemos a nossa projeção de preço da moeda americana ao final do ano em R$ 3,75, enquanto os bancos através do Boletim Focus a sancionam em R$ 3,80, e estas projeções ainda são mantidas dada a convicção de que a Reforma da Previdência será aprovada e que o Brasil não tem vulnerabilidade na questão cambial, sendo o único setor em que não há problemas, mas sim forte consistência.

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Naturalmente esperamos forte sinergia entre os fatos positivos no entorno da Reforma e o ajuste gradual do dólar depreciando-se frente ao real.

O fluxo cambial divulgado ontem pelo Banco Central do Brasil, com dados até o dia 17, deixa patente de que não há nenhuma pressão de demanda no mercado à vista de câmbio, que revela até aquela data no mês, saldo positivo de US$ 1,796 Bi, sendo US$ 1,684 Bi no comercial e US$ 113,0 mm no financeiro. Na última semana (13 a 17) o saldo foi positivo em US$ 570,0 mm, com comercial positivo de US$ 1,044 Bi e financeiro negativo de US$ 474,0 mm. No ano o comercial está com saldo positivo de US$ 10,248 Bi e o financeiro com saldo negativo de US$ 5,631 Bi, resultando líquido positivo de US$ 4,615 Bi. Os bancos estão com posições vendidas (a descoberto) de US$ 20,426 Bi, parcialmente lastreadas com linhas de financiamento em moeda estrangeira com recompra, concedidas pelo BC.

Não há percepção nem de ingressos ou saídas mais expressivas, deixando evidente que os investidores estrangeiros mantêm a postura de observar o desenrolar do andamento, em princípio, da Reforma da Previdência por ter relação direta com o equacionamento da crise fiscal e da inércia de investimentos estruturais do governo e do setor produtivo nacional.

Na realidade há notória clareza que a perturbação na formação do preço da moeda americana é puramente especulativa e acontece no mercado futuro de dólar, que acaba por contaminar o mercado à vista.

Como destacamos o “termômetro” é o avanço da Reforma da Previdência, se for rápido o preço do dólar “derrete” rápido, se for mais lento, a queda será mais gradual.

Neste momento, as disputas comerciais sino-americanas têm baixos impactos e mesmo as decisões do Fomc, conflitos EUA-Irã e Brexit, tendo em vista que o preço da moeda americana está tão aviltado e incompatível no Brasil que há “muita gordura” no seu preço que o deixa imune aos reflexos externos.

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