Gráfico do dia: o que pode fazer o índice dólar atingir 118?

 | 20.10.2022 10:44

O dólar recuava 0,35% nesta quinta-feira, diante da expectativa de que a China reduza o período de quarentena de 10 para 7 dias. A derrapada da moeda americana na quarta-feira foi seguida de um salto de 0,75%, maior avanço em uma semana, depois que a inflação mais alta no Reino Unido voltou a elevar as preocupações com a taxa de juros. O custo dos alimentos no Reino Unido aumentou 14,6% em bases anuais em setembro, maior alta em 42 anos. A inflação geral saltou de 9,9% para 10,1%. A libra esterlina caiu 0,9% pelo segundo dia, com uma desvalorização geral de 1,25%.

Não espero que o atual declínio no dólar persistirá, não passando de uma correção de curto prazo à possibilidade de uma quarentena mais curta na China. Apostas baixistas nos mercados cambiais asiáticos continuaram devido ao posicionamento ultrarrígido do Federal Reserve, forçando os outros bancos centrais a fazer o mesmo. O dólar cruzou o dramático nível de 150 contra o iene pela primeira vez desde agosto de 1990 e tocou uma máxima histórica contra a rúpia indiana a 83,268.

O dólar também contava com o suporte da alta das taxas dos títulos americanos, com a nota de dez anos alcançando 4,178% pela primeira vez desde junho de 2008. Por outro lado, o ouro ficou a 0,5% da mínima de 28 de setembro de US$ 1618, que não era vista desde abril de 2020. Minha expectativa é que o metal caia para US$ 1300.