Gráfico do dia: Prata deve corrigir para US$ 13

 | 10.11.2022 13:37

A prata está perto das máximas de cinco meses, graças à correção do dólar, contra o qual o metal branco tem correlação negativa.

A moeda americana vinha sendo pressionada pelo fato de as pesquisas eleitorais indicarem uma vitória decisiva dos republicanos nas eleições de meio de mandato nos EUA. Esse resultado poderia beneficiar as ações e prejudicar o desempenho do dólar, já que os republicanos ofereceriam obstáculos ao aumento de gastos e impostos. Da mesma forma, a busca por posicionamento em ações levaria à desmontagem de posições no dólar.

Mas as expectativas de uma “onda vermelha” foram frustradas, com a apuração mostrando que os republicanos não teriam tanto poder quanto se previa, o que fez com que os investidores reprecificassem a maior vulnerabilidade dos ativos de risco e voltassem a se posicionar na moeda americana.

A persistente reiteração do Federal Reserve de que continuará aumentando os juros, mesmo que algumas sinalizações de uma postura menos agressiva, deve continuar dando suporte ao dólar.

Agora os investidores direcionam suas atenções para os dados de inflação. Após os sinais de que os aumentos de preços estão arrefecendo, será que o IPC de hoje permitirá que o Fed mude o tom e diminua a trajetória de alta de juros?

A moeda americana recuou em relação às máximas de várias décadas por conta da narrativa em torno da mudança de postura do Fed. Eu acredito que o banco central americano prefere pecar pelo excesso de rigor nos juros do que pelo excesso de cautela, como ocorreu no ano passado, para combater a inflação.

Psicologicamente, os investidores podem acreditar que o Fed esteja se excedendo, mas o resultado provavelmente seria pior se o Fed repetisse o equívoco do ano passado, quando muitos diziam que ele estava dormindo ao volante.

Na semana passada, defini um alvo de 115 para o índice dólar. Depois de tocar o topo acima da cunha, o preço retornou para testar o fundo.

Vamos ver como isso impacta a prata.