Gráfico do dia: Zuckerberg empurra ações da Meta em direção a US$ 125

 | 14.09.2022 10:32

Os investidores se desfizeram das ações da Meta Platforms (NASDAQ:META) (BVMF:M1TA34) como se elas estivessem infectadas por Covid ontem. O papel derreteu 9,4% depois que o índice de preços ao consumidor (IPC) nos EUA revelou que a inflação se disseminou pela economia mais ampla, além de setores sensíveis.

Dado que os preços da gasolina caíram significativamente no país, especialistas, como o economista-chefe do Goldman Sachs (NYSE:GS), consideravam que o IPC “ficaria novamente moderado”. No entanto, ele ressaltou: “o núcleo é a questão”.

De fato, a inflação básica, ou núcleo da inflação, é a medida preferencial do Fed, na medida em que desconta os preços voláteis de energia e alimentos. Esse indicador saltou 0,6%, duas vezes o ritmo de aumento do mês anterior e do consenso para o atual mês, fazendo com que atingisse a taxa anual de 6,3%, contra 5,9% anteriormente.

A disparada da inflação levou a Nomura Securities a prever uma elevação de 1% nos juros, o que não ocorre desde a década de 1980.

Os juros mais altos prejudicam particularmente o valor de mercado das empresas de crescimento, como as do setor de tecnologia, já que os investidores preferem se posicionar em ações cíclicas que agora oferecem mais valor.

Esse paradigma fica evidente ao compararmos os índices de referência. Ontem, o Nasdaq 100, repleto de ações de tecnologia, teve um péssimo desempenho, caindo 5,5%, enquanto o Dow Jones, com mais peso de ações de valor, recuou apenas 3,9%.

Ao analisar com mais profundidade os setores do S&P 500, podemos ver o mesmo padrão. Serviços de comunicação e tecnologia foram os segmentos que mais sofreram, desvalorizando-se 5,5% e 5,3%, respectivamente.

Portanto, a Meta não foi a única plataforma de mídia social a despencar, mas seu baixo desempenho foi notável, equivalente ao dobro das perdas registradas por outras empresas do segmento.

As opiniões são divididas em relação à Meta. O pesquisador sênior da Harvard Business School, Bill George, que estuda líderes, culpa os reveses sofridos pela liderança de Mark Zucherber pelo baixo desempenho da rede social. Jim Cramer, da CNBC, no entanto, acredita que Zuckerberg já provou do que é capaz ao criar uma empresa multibilionária e, por isso, deve dar a volta por cima.

Vejamos o que as forças de oferta e demanda têm a dizer.

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