Gráfico do Dia: Libra em Baixa... Queda ou Reversão de Tendência

 | 05.06.2017 16:07

por Pinchas Cohen

Investidores sempre estão à caça da próxima oportunidade boa e lucrativa. De forma geral, elas são criadas através de dois eventos básicos:

  1. Preços extremos, ou
  2. Uma mudança no valor do preço mesmo que ainda não seja extremo

Tal oportunidade se apresentou hoje mais cedo, após a libra esterlina cair esta manhã devido ao ataque terrorista de sábado à noite no Reino Unido — o segundo em menos de duas semanas — em combinação com a popularidade de Theresa May se enfraquecendo nas pesquisas apesar do atentado, o que deveria ajudá-la pois ela é a líder que quer fechar as fronteiras britânicas.

A questão crucial que qualquer investidor precisa responder é se o declínio atual é uma mera queda ou uma reversão mais séria de tendência. De um ponto de vista de fundamentos, a primeira coisa que o operador precisa saber é o que causou a mudança, para ajudar a avaliar a direção do movimento projetado.

A narrativa do mercado afirma que o movimento de hoje foi resultado do ataque terrorista. Se um operador acreditar que este é o caso, ele teria que precisar então responder se isso terá um impacto de longo prazo na moeda. Investidores de curto prazo que acreditaram que a moeda se recuperaria após o declínio automático ganharam a aposta.

Caso do longo prazo

Operadores de longo prazo argumentariam que o ataque terrorista deveria ajudar, de fato, a libra, tanto quanto ajudaria a primeira-ministra Theresa May, que defende o fechamento das fronteiras do Reino Unido. Desde que May assumiu o cargo de primeira-ministra, a libra tem constantemente subido ou descido junto com as vicissitudes políticas dela.

Em 11 de julho, quando foi anunciado que ela se tornaria Primeira-Ministra, a libra reverteu uma perda de 0,8% e fechou com ganho de 0,2%. O anúncio fortaleceu a libra em um ponto percentual cheio. No dia seguinte, a libra ganhou quase 2%.

Entretanto, atualmente, apesar do ataque e independentemente de May elevar a retórica antiterror, a dinâmica parece estar contra ela. Sua vantagem sobre o oponente, Jeremy Corbyn, dirigente do Partido Trabalhista, continua a diminuir. No início dessa manhã, pesquisas mostravam May à frente por apenas um ponto percentual.

Logo, em oposição à narrativa do mercado, atribuir a venda forte da libra ao ataque terrorista é o pressuposto errado. De fato, a moeda britânica estava caindo previamente.

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