Gary Tanashian | 10.05.2023 11:57
Uma multidão de analistas que esperam a morte do Índice Dólarhá pelo menos duas décadas agora encontrou um novo “jingle”. A “desdolarização” por parte de entidades que comercializam produtos e serviços ao redor do mundo finalmente acabará com o reinado da moeda americana.
E qual seriam os fatores responsáveis por essa desdolarização? Bem, abaixo está uma lista não exaustiva:
O que tudo isso significa? Bem, estamos vendo uma tendência de desinflação desde o segundo semestre de 2022, e a visão prospectiva favoreceu o medo da deflação a um novo surto de pressão inflacionária. Isso teoricamente teria o potencial de provocar uma corrida por liquidez no dólar, moeda de reserva mundial. Em suma, a retomada do mercado de baixa nas ações geraria uma corrida para o dólar, bem como em outros ativos de proteção, como a relação ouro/prata. Os dois cavaleiros do Apocalipse da Liquidez.
Os detalhes que estamos observando e as possíveis estratégias a serem implementadas estão além do escopo deste artigo, mas podemos fazer uma análise técnica dos dois cavaleiros. Se eles subirem, o curso esperado para os mercados (inflação>desinflação>medo de deflação) desde o segundo semestre de 2022 permanece intacto. Se caírem, o cenário fica mais interessante.
No que se refere aos mercados globais, digamos que, com o Fed de mãos atadas (impossibilitado de usar suas ferramentas usuais de liquidez), permitiria uma operação de inflação mais focada globalmente se o dólar acabar rompendo para baixo e atuar como contraparte, como costuma ser o caso. Abaixo está o gráfico diário das ações globais (exceto EUA) e o inverso do USD. Uma correlação inversa bastante estreita, concorda?
Vamos dar uma olhada na relação diária ouro/prata (GSR) antes de revisarmos o USD em tempos gráficos curtos e longos. O ouro tem ficado atrás da prata, indicando, juntamente com vários outros indicadores que monitoramos, que a liquidez global ainda está satisfatória neste momento. Se o GSR fizer um rompimento para baixo da mínima de dezembro, teríamos um cenário totalmente diferente e provavelmente não seria baixista, sobretudo para mercados globais de ações, commodities e metais preciosos. Mas se o GSR tocar o fundo e reverter, ainda estamos no quadro atual.
Já o dólar está em um nível de suporte que não parece muito impressionante no gráfico diário. Mas ele tem o potencial para fazer um fundo duplo.
O gráfico semanal fornece uma melhor perspectiva de suporte na congestão do topo de 2020. Ele também mostra um possível padrão de ombro-cabeça-ombro de topo (ainda não ativado). Se o que todos estão vendo tiver prosseguimento e houver um rompimento, o macro mudará, assim como a nossa tese. Até lá, o USD conta com um suporte, e a história da desdolarização continuará fervilhando, mas sem transbordar.
O gráfico mensal é o que oferece uma visão mais interessante, na medida em que permite uma queda significativa do USD, mantendo o status de longo prazo do bull market em vigor desde 2008. Em outras palavras, uma queda a partir da região de 101 pode gerar muita liquidez global, fortalecer a tese da morte do dólar e, mais tarde, acabar com toda a festa quando o USD encontrar suporte bem mais baixo * em seu bull market.
Novamente, esse não é o plano preferido até o momento. Mas, como é possível ver, o macro está em um ponto de inflexão, considerando o cenário técnico para a moeda de reserva global e a relação ouro/prata.
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