Hora do Gráfico – VALE5, essa Empresa Vale Mesmo Tanto Assim?

 | 22.06.2017 14:58

Quando algum amigo meu vem me questionar sobre quais ativos ele deve comprar para começar a operar na bolsa eu quase sempre recomendo dois tipos:

a) Para os conservadores: blue-chips (VALE, PETR, ABEV, ITAU).

B) Para os mais arrojados: small Caps (ALPA, ALUP, BRAP e etc.).

Como nós brasileiros somos conservadores por natureza, a maioria então prefere a segurança de ter as maiores empresas do mercado em sua cesta de ativos porque, vai que...

O problema é que no cenário atual as blue-chips tem acompanhado de perto o índice Bovespa que, diga-se de passagem, não para de cair e já está testando os patamares abaixo dos 60 mil pontos. Também pudera, o beta da Petro é de 2,36 e o da Vale (SA:VALE3) de 1,56 o que as fazem ser quase o próprio mercado.

(Beta: índice que mede a relação entre a variação do retorno de uma ação e um índice de mercado (o Ibovespa no nosso caso).

E já que usamos a Vale de exemplo, gostaria de chamar a atenção para o papel que, apesar da queda, tenho visto diversos analistas e casas recomendando sua compra. O motivo? Não encontrei algo que de fato me desse convicção da recomendação de compra, então a sensação que fica no ar acerca da recomendações deles é... Compre porque já “caiu bastante”!

Então eu resolvi levantar as mangas e fazer eu mesmo a minha análise do ativo. Vamos a ela.

CHINA E VALE, UM CASO DE AMOR.

Como já disse Jesse Livermore, um dos maiores especuladores de bolsa da história, “Nunca compre uma ação porque ela teve uma grande queda desde a última alta”. Vamos entender o porque.

A VALE5 é, assim como toda ação ligado ao mundo das commodities, uma ação que tem sua flutuação intimamente ligada ao sobe e desce das cotações do minério no mercado internacional. Desta forma temos que ela segue os grandes ciclos econômicos de expansão e retração mundial, os quais tendem também a alimentar a maior ou menor demanda por commodities, respectivamente.

Puxando de memória, foi assim em 2008 com o crash econômico mundial e tem sido assim com a desaceleração do PIB da China que tem jogado os preços do minério de ferro lá pra baixo, dado a percepção mundial de que há mais estoques disponíveis do que a necessidade, presente e futura, da atividade industrial chinesa.

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Quadro do PIB chinês: