Ibovespa e a euforia dos 100 mil pontos. Vai continuar?

 | 20.03.2019 13:35

Após alguns meses e últimas semanas de muita euforia pelos recentes topos históricos alcançados pelo (Ibovespa, a pergunta que todos nós, traders, analistas, economistas e entusiastas do mercado fazemos é: os 100 mil pontos é uma região de resistência que dificilmente será rompida, ou será um suporte para um novo patamar?

Vamos voltar no tempo e fazer uma análise histórica e gráfica dos últimos anos do Índice (Vide gráfico abaixo).

Desde fevereiro de 2016, o Ibovespa iniciou sua escalada incessante com seus 40.231 pontos. Entre os níveis 50 e 60 mil pontos, o índice estava em uma região bastante negociada e estável com o movimento lateralizado desde agosto de 2011, vindo à superar este nível em setembro de 2016, logo após o impeachment da então Presidente Dilma Rousseff.

Nos dez meses seguintes, o índice atinge a casa dos 70 mil pontos e encerra 2017 com uma valorização acumulada de 26,85% no ano, após o Banco Central sinalizar uma expansão de 2,7% no PIB, e os dados da
balança comercial brasileira que encerrou 2017 com superávit recorde de US$ 67 bilhões.

Em fevereiro de 2018 o índice já batia na casa dos 89.000 pontos, renovando sua máxima histórica após um crescimento recorde nos últimos dois anos. Nos dois meses seguintes (maio e junho), o índice acumulou queda de 10,87%. (Foi a maior perda mensal desde setembro de 2014, quando a baixa foi de 11,7%, e o pior mês desde 2012, quando a bolsa caiu 11,86%).

Na ocasião tivemos a crise da greve dos caminhonheiros, a saída do então Presidente da Petrobras (SA:PETR4), Pedro Parente, e afetado também por um aumento na aversão a risco global nos mercados emergentes.

Em outubro de 2018, a bolsa começa sua recuperação, volta a superar o nível dos 80 mil pontos, que já havia ocorrido no início do ano após muitos fatores que a influenciaram em 2018, tais como: as eleições presidenciais no Brasil, o rumo dos juros nos EUA e a guerra comercial entre China e Estados Unidos. O Ibovespa encerrou o ano com alta de 15%.

Em 2019 foram necessários apenas 3 meses para o índice alcançar o patamar de 10 mil pontos entre um nível e outro. Tal fato só havia ocorrido em 2009 (abril e maio) quando a bolsa superou 10 mil pontos, saindo dos 40.500 e chegando à 53.400 pontos.

Resultados nos últimos 3 anos:

- 39% em 2016
- 27% em 2017
- 15% em 2018

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Então eu lhe pergunto: Os 100 mil pontos é uma região de resistência que dificilmente será rompida, ou será um suporte para um novo patamar?