IFIX volta a subir: Quem busca a melhor oportunidade não pode perder mais tempo

 | 09.05.2023 10:18

Em abril, o IFIX apresentou alta de 3,52%, primeiro mês de performance positiva desde o longínquo mês de outubro/22 e maior alta mensal desde agosto/22. O principal índice de fundos imobiliários na B3 (BVMF:B3SA3) agora apresenta uma performance positiva de +1,61% nos últimos 12 meses. De maneira geral, abril foi na média um mês bastante positivo para os investidores, já que o Ibovespa, o real e o IMA-B 5+ apresentaram valorizações expressivas.

O Ibovespa, que apresentou alta de +2,50% no mês passado, ainda desvaloriza -3,19% nos últimos 12 meses. Já a moeda brasileira perde valor para o dólar nessa mesma janela, com a moeda americana valorizando +1,66% contra o real. Já o IMA-B 5+, índice da ANBIMA que representa a performance dos títulos de renda fixa de emissão do Tesouro Nacional indexados ao IPCA com prazo de vencimento superior a 5 anos, apresentou uma performance similar ao IFIX em abril, com forte valorização, porém obtém uma diferença positiva relevante em relação ao desempenho do índice dos FIIs na janela de 12 meses, o que demonstra que eventos extraordinários e específicos de alguns FIIs podem estar atrapalhando a performance do IFIX como um todo.

As sinalizações de arrefecimento dos índices de inflação e de que o ciclo de alta de juros nos Estados Unidos pode estar chegando ao fim animou de maneira geral os investidores de ativos de renda variável ao redor do mundo. O S&P 500, um dos principais índices de ações listadas de empresas americanas, apresentou alta de +1,46% em abril, enquanto no ano o resultado é de +8,59%, movimento similar ao do MSCI, índice que acompanha o desempenho das bolsas de valores globais, que apresentou alta de +1,27% em abril e +8,20% em 2023. A expectativa dos investidores é de que, mesmo em um ambiente ainda inflacionário, as medidas restritivas de política monetária adotadas pelos Banco Centrais ao redor do mundo sejam suficientes para que a inflação volte a um patamar satisfatório, sem que haja uma crise econômica e recessões relevantes nos EUA e Europa.

O ambiente e expectativas são similares no Brasil, com os investidores buscando se antecipar a um possível início de ciclo de queda da SELIC ainda em 2023. O IPCA, principal índice de inflação acompanhado pelo Banco Central, apresentou arrefecimento de acordo com os últimos valores divulgados referentes a março e abril (IPCA-15), o que ajudou a explicar o forte fechamento das taxas de juros futuros e o desempenho positivo dos títulos de renda fixa pré-fixados e indexados a inflação. O IGP-M, outro índice de preços acompanhado de perto pelos economistas, vem apresentando deflação nos últimos meses, principalmente impactado pelo desempenho do dólar e da queda dos preços das comodities e das matérias primas industriais. Porém, a performance dos índices de ações da B3 não acompanha o desempenho positivo das bolsas globais, pelo contrário, o Ibovespa apresenta desvalorização de -4,83% e o {{|índice Small Caps}}, que são de empresas mais ligadas ao desempenho da economia local, -7,78% em 2023. 

Como destacamos no relatório de março, essa correlação negativa entre os índices globais de ações e o desempenho da bolsa local e, em outra medida, entre o desempenho do IFIX frente aos títulos de renda fixa indexados a inflação, deve em algum momento se reverter e fazer com que os investidores voltem a alocar de forma mais significativa parte do seu patrimônio em ativos de renda variável, fazendo com que as oportunidades de investimento nos preços atuais fiquem no passado. Essa é uma tendência já vista em outros momentos de virada do ciclo de política monetária e que parece estar cada vez mais perto.

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Gabriel Barbosa

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