IGP-M Agressivo Intensifica Percepção de Inflação Pelo “Pass-Through” no Varejo!

 | 21.09.2020 07:01

E que não se diga como o COPOM que é “temporário”, pois os preços estão mudando já no varejo para patamares preocupantes e o índice oficial, o IPCA, continua inerte na percepção.

Não precisa recorrer aos índices oficiais, basta ir ao supermercado e no “dia a dia” há a clara e inquestionável confirmação de que a inflação está de volta de forma voraz e exterminadora dos rendimentos assalariados, além, evidentemente, dos impactos do IGP-M nas contas administradas de consumo obrigatório e os contratos, em especial o de alugueres.

Enfim, a velha conhecida brasileira, há certo tempo afastada da cena, está de volta e num momento de busca de retomada da atividade econômica bastante claudicante,  num cenário altamente afetado pela crise da pandemia do coronavírus, seja pelo brusco choque redutor de renda da população, seja pelo desemprego (IBGE/agosto; 14,3% 13,7 mm de desempregados) que ainda é soberbo e não dá sinais de retomada com dinamismo, muito pelo contrário.

E na raiz do problema, por mais que se divague sobre o fato elencando inúmeros fatores, está a questão do “câmbio alto e juro baixo”, que por ser uma postura dogmática deste governo, a partir de ideia do Ministro da Economia, é evitado a todo custo para não ser posto na mesa de discussões.

Deu muito pouco certo e muito, muito mesmo, errado e voltando a colocação do ex-Ministro Simonsen, “o juro aleija e o câmbio mata”, e o Brasil convive exatamente com este diagnóstico.

O IGP-M aponta para 16% ao final do ano, e a magnitude do mesmo inviabiliza quaisquer justificativas que não passe pelo “câmbio alto” como causa maior da exacerbação.

E,  inexoravelmente devolve ao país intensa inflação, que sendo culturalmente memória brasileira, enseja movimento “bola de neve” e a contaminação generalizada dos preços da economia, mas não dos salários que segue o IPCA o que fragiliza o consumo, e, desta forma recrudescem as perspectivas de retomada da atividade econômica, pois sem demanda a economia não ganha dinamismo.

Então, a nova moda é apontar todas as posturas de observação com maior acurácia de “negacionismo”, o que parece um equívoco,  pois se não houver rigor e ações pró-ativas por parte do governo, em especial COPOM,  a deterioração poderá ocorrer de forma desorganizada e, o mercado financeiro que clama por maior redução na SELIC será o primeiro a migrar para o juro de curto prazo o que já é perceptível no juro de médio/longo prazo.

Abaixe o App
Junte-se aos milhões de investidores que usam o app do Investing.com para ficar por dentro do mercado financeiro mundial!
Baixar Agora

Há também um fato novo que ainda não foi corrigido nos conceitos típicos das análises no Brasil, a dívida fiscal preocupante desta vez não deve exercer pressão de apreciação do dólar, visto que não há pressões legítimas de demanda da moeda no país, que tem posição credora nas contas externas e por isso deveria ter um CDS a 150 pontos e não 200 pontos,  tem reservas cambiais robustas e mercado de derivativos sofisticado para proteção de riscos.

A pressão previsível será sobre o juro que deverá repercutir o desajuste fiscal do país e que pressionará o financiamento da dívida pública brasileira.

A correção efetiva da equação atual é apreciar o real e elevar o juro, única forma de impactar na evolução incontida do IGP-M, e o fator relevante é o país recompor a atratividade do mercado de renda fixa para os investidores estrangeiros e com isto intensificar o fluxo cambial que impactaria sobre o câmbio apreciando o real.

A ideia do “câmbio alto e juro baixo” é uma estratégia, mas está com seus parâmetros fora da curva e causando efeitos altamente negativos na economia como um todo.

Se o BC, responsável pela política monetária e cambial, não impulsionar e implementar os ajustes, os mesmos acabarão acontecendo de forma abrupta e desorganizada e será pior.

O comportamento estressado do dólar na sexta feira foi significativo “clamando” pela incompatibilidade do juro no mercado.

O BC precisa assumir o protagonismo!

Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.

Sair
Tem certeza de que deseja sair?
NãoSim
CancelarSim
Salvando Alterações