Rodolfo Amstalden | 03.05.2016 14:19
Pacote de maldades
Dilma aproveita seus últimos dias para gastar o que não tem e o que não pode.
Sua meta, dobrada, consiste em repassar ao novo governo uma terra arrasada.
Quanto pior para o orçamento público, melhor para Dilma.
O "bunker da resistência" no Palácio da Alvorada será o bunker do mau agouro.
Para Temer, isso é ótimo.
No fim das contas, todo governo precisa de uma oposição; melhor ainda se for mística.
Invista como Nietzsche
Empresas também precisam de oposição para crescer.
A velha máxima: o que não mata fortalece.
No caso de Itaú (SA:ITSA4) (e também de Bradesco (SA:BBDC4), ontem), a inadimplência incomoda.
Ninguém está imune à crise.
Qual foi a última vez que Itaú fez ROE abaixo de 20%?
Terceiro trimestre de 2013.
Felizmente, essa “nova normal" não costuma durar mais do que 12 ou 15 meses.
Temos toda a paciência do mundo.
É contagiante
Naturalmente, a inadimplência não está concentrada nos bancos.
Calotes se espalham rapidamente.
Numa economia em depressão, onde há crédito há calote.
Varejo ou atacado. Serviços ou indústria.
Normalmente, assustamos quando o nota C de inadimplência vira nota E.
Mas o grande choque na cadeia ocorre mesmo quando o AAA vira C.
Juros virtuais de 6%
Deprimiu?
As oportunidades se fazem na crise, uai!
Temos calotes, sim senhor. Mas não estamos quebrados como um País.
Por sorte ou piedade dos deuses, ainda dá tempo de arrumar a casa com um novo governo.
E, dentre todos os motivos para derrubar a Selic no 2º semestre, a inadimplência é mais um.
Pergunto-lhe: existe sentido em continuarmos convivendo com juros reais de 6% por aqui?
A resposta - com implicações lucrativas para o seu bolso - é dada no .
Poucos problemas grandes
Esse mesmo , a cargo da Marília, se encarrega de encontrar os melhores equilíbrios entre o risco de calote e o retorno da adimplência.
Hoje o mercado trata toda alavancagem como um pecado, e pune os papéis pecadores.
Não deveria ser assim.
Nossos problemas de liquidez e solvência são graves, mas também concentrados.
Com o devido foco, podemos endereçá-los um a um.
A cada um endereçado, o próximo se torna mais fácil.
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