Independente da Decisão da Opep, a Influência Saudita no Grupo Diminui a Cada Dia

 | 07.12.2018 06:26

Quando o ministro de energia da Arábia Saudita, Khalid al-Falih, deixar Viena na sexta-feira, ele pode ganhar duas grandes preocupações além da atual crise dos preços do petróleo. A primeira é que a Rússia, e não Riad, ganhou mais poder na Opep sem sequer ser membro do cartel. A outra é que, diante das máximas histórias alcançadas pelas exportações petrolíferas norte-americanas na semana passada, o presidente Donald Trump pode recorrer ao Twitter mais do que nunca para dizer ao cartel o que fazer.

Como o mundo parece ter mudado para Falih em comparação com o que era há seis meses, quando Moscou não encontrava razões para discordar do Reino sobre a elevação da produção de petróleo a pedido de Trump – após 18 meses de cortes de produção feitos pela colaboração ampliada entre os dois países na Opep+, impulsionando os preços do petróleo em mais de 35%, para a ira do presidente dos EUA.

Avançando para a sessão de quinta-feira, o ministro de energia da Rússia, Alexander Novak – que fez questão de ficar ao lado de Falih nas reuniões anteriores sobre o rebalanceamento do mercado mundial de petróleo – fez sentir a sua ausência enquanto as duas nações se esforçavam para encontrar um denominador comum para novamente selar um acordo sobre um corte maior de produção, como em 2016, e poderem restaurar – ironicamente – os mesmos 35% que perderam por causa dos preços do petróleo somente nos últimos dois meses.