IPCA, CPI e Ata do FOMC. Reforma na CCJ e Balanços. Semana Agitada
Jason Vieira | 08.04.2019 08:42
As inflações no Brasil e nos EUA tem neste momento uma semelhança e uma diferença, ambas fundamentais.
A semelhança está na ancoragem das expectativas seu melhor fundamento, havendo pouco dissenso neste sentido.
A diferença está no curto prazo.
O peso local do item alimentação tem sido grande em virtude das fortes chuvas que foram acometidas no verão e que em partes continuaram na primeira semana de abril, afetando diversas culturas sensíveis ao clima.
Portanto, a expectativa e de índices inflacionários mais modestos a partir de maio, com o retorno das sazonalidades típicas das estações.
Outro peso importante tem sido o de combustíveis, dependentes dos desígnios internacionais do petróleo e da boa vontade da OPEP.
Desde o piso recente de US$ 42 o barril na véspera de Natal do ano passado, o petróleo subiu em torno de 49%, retornando aos níveis de novembro de 2018, porém numa ascendente de preço, ao contrário do que ocorria no ano anterior, agora com problemas na Líbia.
Ainda assim, o peso da alimentação na cesta inflacionária brasileira faz com que as expectativas fiquem focadas neste item e um possível retorno nos próximos meses reforça a ancoragem das expectativas para este ano.
Nos EUA, após os oscilantes resultados do mercado de trabalho, as atenções se voltam à inflação ao atacado e varejo, com projeções de resultados modestos em termos de núcleo, dentro das metas do Fed.
Daí a importância também da leitura da ata da última reunião do FOMC e o reforço da manutenção da taxa, em vista ao cumprimento, com sucesso, do duplo mandato do comitê.
CENÁRIO POLÍTICO
O deputado Delegado Freitas (PSL-MG) deve entregar esta terça-feira na CCJ o parecer da reforma da previdência sem alterações, seguindo uma premissa do partido e o tema pode ir à votação em no máximo 10 dias, conforme citou o presidente da CCJ, deputado Felipe Francischini (PSL PR).
A atenção deve ser dada principalmente no potencial da base do governo em lidar com as possíveis emendas e também às falas de Bolsonaro, que começou a semana citando que a capitalização não é importante neste momento.
Ainda que posse se refletir desta maneira, seria importante por parte do governo a defesa da integralidade da reforma, para então o Congresso dizer o que seria importante ou não, para então o governo mostrar interesse na defesa dos pontos.
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Ainda que se apoie a defesa da agenda econômica, o governo falha e muito, principalmente na sua comunicação e na defesa de suas pautas (e de seus ministros).
Espera-se que ao menos haja algum nível de redução de atrito interno no curto prazo, na tentativa de avançar com as pautas mais relevantes.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é mista e os futuros NY abrem em queda, com a temporada de balanços iniciando.
Na Ásia, o fechamento foi misto, em reação à leitura do mercado de trabalho americano.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam negativos até os 3 anos.
Entre as commodities metálicas, altas, destaque ao minério de ferro.
O petróleo abre em alta, com os problemas na Líbia.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 5,2%
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,8732 / 0,38 %
Euro / Dólar : US$ 1,12 / 0,276%
Dólar / Yen : ¥ 111,46 / -0,242%
Libra / Dólar : US$ 1,31 / 0,107%
Dólar Fut. (1 m) : 3871,46 / 0,33 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 20: 6,47 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 7,03 % aa (-0,42%)
DI - Janeiro 23: 8,15 % aa (-0,37%)
DI - Janeiro 25: 8,70 % aa (0,00%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,83% / 97.108 pontos
Dow Jones: 0,15% / 26.425 pontos
Nasdaq: 0,59% / 7.939 pontos
Nikkei: -0,21% / 21.762 pontos
Hang Seng: 0,47% / 30.077 pontos
ASX 200: 0,65% / 6.221 pontos
ABERTURA
DAX: -0,251% / 11979,63 pontos
CAC 40: 0,132% / 5483,43 pontos
FTSE: 0,150% / 7458,02 pontos
Ibov. Fut.: 0,80% / 97264,00 pontos
S&P Fut.: -0,097% / 2893,20 pontos
Nasdaq Fut.: -0,102% / 7596,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,21% / 82,55 ptos
Petróleo WTI: 0,44% / $63,36
Petróleo Brent:0,47% / $70,67
Ouro: 0,46% / $1.297,75
Minério de Ferro: -0,78% / $91,81
Soja: -0,61% / $16,05
Milho: -0,07% / $362,25
Café: 0,00% / $93,40
Açúcar: -0,24% / $12,69
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