IPO Priner (PRNR3) – Vale a Pena Ser Sócio da Mini Mills?

 | 11.02.2020 12:10

Caros leitores, gostaríamos de apresentar nossa humilde opinião sobre a companhia Priner (SA:PRNR3), que está realizando sua abertura de capital na B3. Suas ações estão previstas para começarem a negociar no dia 17 de Fevereiro de 2020. Como forma de auxiliar no entendimento sobre a companhia, estamos distribuindo um relatório, em que abordaremos o segmento da empresa, seus principais pontos fortes e fracos e seu histórico de resultado para entender se faz sentido entrar no IPO.

SOBRE A PRINER:

Priner é uma companhia que presta serviços e locações visando a prover soluções para o setor de engenharia, metalurgia, petróleo, mineração e celulose. Ela possui um acrônimo “APIIL”, que significa acesso, pintura, isolamento, inspeção e limpeza industrial.

Desse acrônimo já dá para entender as muitas coisas que ela faz (que até lembra um pouco a Mills). A empresa presta serviço de pintura (tratamento anticorrosivo), isolamento térmico, Habitat (espécie de habitáculo desenvolvido para locais onde pode ser perigoso soldar ou cortar determinado material, em que o “Habitat” serve como local para fazer este tipo de coisa) e por último, a parte de acesso, na qual a companhia fornece andaimes, deques e acesso por cordas para determinadas tarefas.

A Priner se destaca por ser capaz de oferecer serviços integrados e customizados para os seus clientes, tanto no segmento Onshore quanto no Offshore. Ela possui um histórico de relacionamento com grandes e renomadas empresas que atuam no Brasil também, como a Klabin (SA:KLBN11), a Suzano (SA:SUZB3), a BW Offshore, a Modec, a Dow Chemical, a Petrobras (SA:PETR4), a Braskem (SA:BRKM5), a UltraCargo e a SBM, entre outras.

É uma companhia que está tentando crescer via M&A (Fusão e Aquisição), sendo que nos últimos anos adquiriu participações na R&R Indústria (51% do capital social com opção de compra) e na Smartcoat – Serviços de Revestimentos (75% do capital social com opção de compra). Em resumo, a R&R é o braço da companhia que presta serviços de isolamento térmico e a Smartcoat presta serviços de pinturas industriais.

COMO ELA GANHA DINHEIRO? Não deve ter ficado claro exatamente como funciona a dinâmica da companhia para ganhar dinheiro. Primeiramente, vamos quebrar o segmento de receitas pelo Onshore e Offshore, que respectivamente representaram 61% e 39% da receita no período de nove meses encerrados em 30 de setembro de 2019.

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A companhia ganha com alocação (aluguel) de andaimes e habitáculos pressurizados e prestando serviços via R&R e Smartcoat. A maior parte da receita da provém do fornecimento de serviços de montagem e locação de estruturas de acesso para plantas industriais.

Vale ressaltar que grande parte desses contratos precisam de muito OPEX (capital utilizado para operacionalizar ou rodar atividades recorrentes), esses contratos variam de 1 a 3 anos (curto prazo na minha opinião) mas que são renovados. Segundo a companhia, a mesma possui alta taxa de renovação de contratos no segmento privado, sendo que a mesma presta serviços para Dow há 21 anos, Braskem (SA:BRKM5) há 10 anos, Petrobras (SA:PETR4) utiliza os serviços há 30 anos, Klabin (SA:KLBN11) há 8 anos e por aí vai.

A segunda fonte de receita mais relevante da companhia advém da prestação de serviços de tratamento de superfícies, onde a companhia utiliza equipamentos de baixa, alta e ultra alta pressão de água para tratamento de superfícies de aço e em seguida de pintura industrial.

Uma outra parcela importante advém de serviços idênticos aos citados acima, entretanto realizados durante os períodos de “paradas programadas” das plantas industriais. Nesse momento, a companhia ter que ser ágil e eficaz, pois para a outra empresa é um momento aonde ela perder receita por estar parada. Logo, qualquer erro pode prejudicar a Priner e levar a mesma a ter dificuldades de novos contratos no futuro.

Por fim, a companhia acredita que a melhora do desempenho de várias companhias nos segmentos aonde ela atua irá impulsionar os seus resultados no futuro. Ela cita como exemplo o CAPEX (investimentos em bens de capital como máquinas, objetos e equipamentos) reprimido ao longo dos anos: