Israel, Palestina e a Teoria dos Jogos: Reflexões sobre um conflito perpétuo

 | 09.10.2023 22:18

O mundo assiste com olhos atentos e apreensivos ao longo e conturbado conflito entre Israel e Palestina, que tem raízes profundas enraizadas em mais de 5 mil anos de história. Neste artigo, exploraremos esse conflito sob a lente da Teoria dos Jogos, que nos oferece insights valiosos sobre como as partes envolvidas abordam o conflito e o que isso significa para o cenário geopolítico em evolução.

Teoria dos Jogos: uma estrutura conceitual/h2

A Teoria dos Jogos é um campo da matemática e da economia que examina a tomada de decisões estratégicas em situações competitivas. Ela distingue entre dois tipos principais de jogos: finitos e infinitos.

Jogos finitos são caracterizados por jogadores conhecidos, regras bem definidas e um objetivo claro de vencer. Um exemplo prático disso é um jogo de futebol, onde duas equipes competem seguindo regras estabelecidas para ganhar.

Jogos infinitos, por outro lado, envolvem jogadores conhecidos ou desconhecidos, regras que podem ser alteradas ao longo do tempo e, o mais importante, a busca contínua pela perpetuação do próprio jogo. Nesses jogos, não há um vencedor definitivo; em vez disso, o objetivo é manter o jogo em andamento.

Israel e Palestina: Um conflito milenar sob a perspectiva da Teoria dos Jogos/h2

O conflito Israel-Palestina é um exemplo notável da dinâmica entre jogadores finitos e infinitos. Israel, como estado, é frequentemente confrontado com agressões vindas dos territórios palestinos, muitas vezes respondendo com força militar significativa. Essa resposta, muitas vezes interpretada como uma vitória, é, na verdade, a saída de um dos jogadores do jogo devido à falta de recursos para continuar.

O que a Teoria dos Jogos nos ensina é que, em jogos infinitos, como esse conflito de longa data, novos jogadores estão sempre à espreita, ansiosos para se juntar à partida. Grupos extremistas como o Hamas, Hezbollah junto com Autoridades Palestinas e países como a Síria e Irã entram na arena, cada um com seus próprios objetivos e estratégias. Os elementos subjacentes que sustentam o conflito, como questões de território, religião e autodeterminação, permanecem ativos e inflamam continuamente a situação.